Bloco avança para as autárquicas em busca de mais força eleitoral para mudar o país
Catarina Martins rejeita a ideia de que o Bloco de Esquerda não tem vocação autárquica.
Falando ontem à noite, na sessão de apresentação dos candidatos do seu partido em Portimão, lembrou que, também a nível nacional, se dizia que o Bloco era um partido de protesto e, afinal, tem sido “a força decisiva” para uma mudança política cujos resultados, na sua opinião, têm tido reflexos muito positivos na vida das pessoas.
E isto, apesar de só ter 10% dos votos, o que faz com que a sua influência na governação socialista seja limitada. Para conseguir ir mais longe é preciso que “o Bloco tenha mais força”, quer a nível nacional, quer nas autarquias.
No que diz respeito a Portimão, considerou que a candidatura bloquista enfrenta “um desafio extraordinário”. Mas considera que a possibilidade de João Vasconcelos atingir o ambicioso objectivo de vencer as eleições pode muito bem vir a ser uma realidade, até porque “o PS não é solução e o PSD e CDS não têm qualquer credibilidade”.
A nível nacional, Catarina Martins assumiu como uma das suas principais bandeiras “fazer justiça às pessoas que começaram a trabalhar muito novas e que são duplamente sacrificadas quando chegam à idade da reforma”. Recentemente, o Governo anunciou a tomada de algumas medidas que diz irem no bom sentido mas que ainda ficam muito aquém do que o Bloco defende.
A nível internacional, manifestou apreensão pela “escalada fundamentalista” que se vive na Síria com o ataque dos Estados Unidos, que “junta mais guerra ao pesadelo” já existente. A solução passa por uma “estratégia de paz” e não de guerra.
A líder bloquista também aproveitou a oportunidade para manifestar solidariedade ao povo sueco que foi vítima de “mais um atentado que alimenta a política do ódio”.
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