Bloco quer saber se o Governo mantém confiança na administração do Centro Hospitalar e Universitário do Algarve
O Bloco de Esquerda questionou o Governo acerca da demissão de três directores do serviço de medicina interna do Centro Hospitalar e Universitário do Algarve (CHUA) o qual, e segundo o Sindicato Independentes dos Médicos (SIM), tem na sua origem a apresentação duma proposta por parte do Conselho de Administração do CHUA, para “excluir idosos dos cuidados de saúde que lhes são devidos e a que têm direito constitucional”, a qual foi considerada pelos profissionais médicos como “desumana e condenável”.
Os autores da pergunta, João Vasconcelos, Moisés Ferreira e Jorge Falcato, dizem repudiar “em absoluto toda e qualquer tentativa de subtrair aos doentes os cuidados de saúde que lhes são devidos e dos quais necessitam”.
Os parlamentares bloquistas, considerando que “não é aceitável que os profissionais de saúde possam ser condicionados desta forma na sua prática clínica”, questionaram diretamente o Governo sobre se este confirma que o Conselho de Administração do CHUA sugeriu aos médicos que “refreassem” a realização de meios complementares de diagnóstico a idosos, e se o executivo de António Costa, confirmada aquela situação, mantém a confiança na atual direção do CHUA.
Os deputados do Bloco consideram urgente intervir nestes problemas, pelo que também questionaram o Governo sobre quais as medidas que têm vindo a ser implementadas para fazer face à falta de profissionais, qual o valor gasto nos anos de 2016, 2017, e nos meses iniciais de 2018, no recurso a empresas de trabalho temporário de colocação de médicos e enfermeiros, e quantas pessoas exercem funções no CHUA ao abrigo de contratos de emprego e inserção (CEI) ou contrato de emprego e inserção + (CEI+).
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