Política

Vereadores da oposição recusam pelouros

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Os vereadores da oposição rejeitaram a oferta feita pela presidente da Câmara de Portimão de lhes atribuir alguns pelouros.

Contactada pelo «Algarve Marafado», Isilda Gomes confirma que lhes dirigiu o convite, apesar de “termos maioria absoluta e de não precisarmos dos seus votos para nada”.

Esclarece que o repto foi lançado numa reunião do executivo, numa altura em que o vereador do Bloco de Esquerda se manifestava contra medidas propostas ao nível da venda ambulante.

Revela que lhe perguntou se, em vez de apenas criticar, “não estaria disponível para vir trabalhar em prol do concelho”, uma vez que há a possibilidade da autarquia ter mais dois vereadores a tempo parcial, um convite que estendeu aos outros dois elementos da oposição.

O ‘não’ que ouviu da parte de todos deixa à autarca a convicção de que os elementos da oposição “preferem continuar a criticar” em vez de darem o seu contributo no sentido de serem encontradas as melhores soluções para o concelho.

A resposta do Bloco de Esquerda foi dada por escrito, através de um comunicado da sua Comissão Coordenadora Concelhia, que indica ter levado a proposta a votos e que a mesma foi rejeitada, por unanimidade.

Os bloquistas portimonenses qualificam-na como “surreal, anedótica e mesmo ridícula” até porque, lembram, o PS tem maioria absoluta na Câmara e em todos os órgãos autárquicos do concelho, “não necessitando do voto do Bloco para nada”.

Acrescentam, ainda, que tal convite “só se poderá entender como uma tentativa para silenciar ou domesticar as vozes incómodas” dos seus eleitos, aos quais “caberá fazer oposição, sem prejuízo de, em diversas matérias, haver pontos de vista convergentes” com a maioria socialista.

Também o vereador do Servir Portimão, José Pedro Caçorino, rejeitou o convite. Em declarações ao «Algarve Marafado» refere que, na primeira vez em que o tema foi abordado, “até levei aquilo na brincadeira, disse que o convite devia ser dirigido ao Bloco, que é uma das partes da geringonça”.

Quando percebeu que era a sério e que também lhe era dirigido, respondeu que “obviamente, não aceitava”, uma vez que não se revê na governação socialista do concelho, que acusa de revelar “falta de planeamento estratégico”.

Outra ‘nega’ veio do vereador do PSD, Manuel Valente, que diz não fazer sentido aceitar pelouros. Da sua parte promete continuar a fazer “uma oposição responsável” à maioria socialista, apoiando as decisões que considerar positivas para o concelho, votando contra as outras e fazendo propostas construtivas.

 

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