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A sabedoria de António Aleixo (I)

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O maior poeta popular português nasceu em 18 de Fevereiro de 1899. Falamos de António Aleixo, natural de Vila Real de Sto. António, que passou grande parte da sua vida em Loulé, onde vendia cautelas e guardava rebanhos.

Nasceu pobre, viveu pobre, mas, apesar de ser semi-analfabeto, deixou uma obra poética muito rica, condensada em “Este livro que vos deixo”. E é essa obra que começamos hoje, aqui, a relembrar.

“Quem prende a água que corre
é por si próprio enganado
o ribeirinho não morre
vai correr por outro lado.

Sei que pareço um ladrão
mas há muitos que eu conheço,
que, não parecendo o que são,
são aquilo que eu pareço.

Embora os meus olhos sejam
os mais pequenos do mundo,
o que importa é que eles vejam
o que os homens são no fundo.

Eu não tenho vistas largas,
nem grande sabedoria,
mas dão-me as horas amargas
lições de filosofia.”

António Aleixo, em “Este livro que vos deixo”

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