Manuel Neto dos Santos, 25 anos de poesia

Joaquim Manuel Neto dos Santos, nasceu em Alcantarilha, a 21 de Janeiro de 1959. Poeta, Actor, Declamador, Manuel Neto dos Santos é uma figura de referência da cultura algarvia.
A festejar, este ano, os 25 Anos de Publicações, Manuel Neto dos Santos publicou o seu primeiro livro de poesia, “O Fogo, a Luz e a Voz”, em Dezembro de 1988.
Seguiram-se “Atalaia” (1989), “Trovas de Um Homem da Terra” (1991), “No País de Amália” (1992), “De Deus a Algazarra dos Silêncios” (1996), “Idílios de Al-Buhera” (1996), “Poesia Algarve 2” (1999), “Subsídios para a História da Poesia do Algarve” (2000), “Ídola” (2002), “Versos de Redobre” (2004), “Safra” (2011), “Sulino” (2012), “Claves do Sol e da Lua” (2013), “O Corpo como Nudez” (2014), “O Viandante das Palavras” (2014), “Aurora Boreal ao Sul” (2015).
Os seus trabalhos têm merecido as melhores críticas, que têm sido publicadas em vários órgãos de comunicação social, tendo recebido públicos elogias de nomes como: Luís Monteiro Pereira, João Baião Thomaz, Jesus Seixas, Vicente Campinas, Teodomiro Neto, Teresa Bernardino, Bárbara Delfina Ramos, Diamantina Negrão, João Vasco Reys, Rogério Silva, Fernando Cabrita, Cónego Clementino de Brito, Esmeralda Alves, Jorge Ferro Rosa e António Serzedelo, entre muitos outros.
A sua subida aos palcos da representação deu-se ainda na infância, tendo passado por vários palcos do Algarve e do país, com representações brilhantes de declamações tocantes.
Em 2000 editou um CD com declamações, nos Açores.
É autor do prefácio de várias obras editadas, principalmente ao nível da poesia e, a sua obra “Subsídios para a História da Poesia do Algarve”, com mais de 1000 páginas impressiona pelo rigor e volume do seu trabalho.
Apaixonado pela grés vermelha de Silves, tem sempre vivido neste concelho, nas freguesias de Alcantarilha, Algoz e, actualmente, São Bartolomeu de Messines.
Nas comemorações dos seus 25 de Anos de Edições, viu a fotobiografia apresentada em Sessão Solene no Salão Nobre da Câmara Municipal de Silves, no Dia da Cidade.
Alcantarilha prestou-lhe homenagem com a colocação de um painel de azulejos com um poema de sua autoria no Largo da Igreja Matriz, enquanto a Casa do Povo de Alcantarilha atribuía o seu nome à sala de leitura da biblioteca.
A Arandis Editora também se juntou à homenagem, criando o “Prémio Literário Manuel Neto dos Santos”, a editar em 2016.
Um pássaro não pode pousar tranquilo
Na linha do verso,
No ramo da frase.
Um sol redondo, como o teu mamilo
Girassol disperso
Sem pétalas, quase.
In. Sulino (2012)
……
Morre-se e pronto.
Ponto por ponto a ponte, entre o distante e o horizonte,
A fonte,
Da carne que arrefece… e fica morta.
Nada; se a travessa de vida não nos diz corre, não nos
Importa; nem janela.
A morte, só por si, é toda ela.
In Claves do Sol e da Lua (2013)
……
Terra minha abençoada,
Quem te pintou branca assim?
Que nunca te manches, nunca,
Pois não o serás por mim
In O Viandante das Palavras (2014)
……
Sei-te de cor.
Exala a mornura do teu corpo nu,
Perfume adocicado, tão único, por seres tu.
Sabor de sal e seiva;
O teu suor.
In O Corpo como Nudez (2014)
……
Uso o fruto, no usufruto da demora; o fruto é a flor em plena aurora
E a madrugada a imagem que, cabisbaixo, ao longe, escuto.
In aurora Boreal ao Sul (2015)
ALGUNS LIVROS DE MANUEL NETO DOS SANTOS EDITADOS PELA ARANDIS
(Clique nas imagens para saber mais sobre os livros)
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