Algarve com prioridade na colocação de médicos de família
O Algarve vai ter prioridade na colocação de jovens médicos médicos de família. A decisão já está tomada e foi revelada publicamente pelo ministro da Saúde, esta Quarta-feira (6 de Abril), no decorrer de uma audição na Comissão de Saúde da Assembleia da República.
Esta é uma das formas que Adalberto Campos Fernandes quer utilizar para combater a crónica falta de médicos na região. Também espera que a criação do Centro Académico dê uma ajuda nesse sentido. Tem a expectativa que, por essa via, o Algarve se torne “mais atractivo para os jovens médicos que têm uma orientação mais virada para a investigação e o ensino, valorizando o ensino médico no Algarve e, ao mesmo tempo, intervindo na actividade assistencial”.
O ministro assumiu que os problemas no sector não estão resolvidos, mas, pelo menos, “há uma coisa que se resolveu: o ruído, a instabilidade, o clima de altísssima perturbação” que considera ter-se vivido na região. Nesta altura, já se conseguiu “estabilizar a relação entre os agentes, os actores, os autarcas e as populações”, o que “é um primeiro sinal positivo”.
Quanto à decisão sobre se o Centro Hospitalar do Algarve (CHA) deve ou não continuar em actividade, o ministro considera que ela ainda é “prematura”. Para já há que dar tempo para a nova administração respirar e chegar à conclusão sobre qual a melhor solução. Mas com CHA ou sem CHA, é fundamental começar a requalificar o Centro Hospitalar do Barlavento, que “foi profundamente desvalorizado”.
No próximo dia 16 vai ser inaugurada a Unidade de Saúde Familiar (USF) de Lagos e, no início de Julho, o ministro regressa ao Algarve para então avaliar e decidir se os hospitais da região continuam todos integrados no Centro Hospitalar do Algarve (CHA) ou se é reposta a situação anterior.
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