Economia

Câmaras algarvias ganham 165 milhões com o IMI

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Todos os anos quem tem em seu nome um imóvel recebe uma carta das finanças com a indicação do valor do IMI que terá de desembolsar. A verba vai parar aos cofres das câmaras municipais.

O Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) é uma das receitas mais relevantes e apetecíveis das autarquias. Ainda mais desde que começou o processo de reavaliação do valor das casas, do qual resultou um aumento da facturação.

No total, ao longo de 2015, entraram nos cofres das 16 câmaras municipais algarvias 165 milhões de euros relativos a este imposto.

Tendo em conta que as autarquias prevêem gastar, ao longo deste ano, 687 milhões de euros, isso significa que as receitas do IMI dão para cobrir quase 25% de toda a despesa.

São superiores, por exemplo,  às despesas (157 milhões de euros) que têm com os 8.563 funcionários que constam nos respectivos mapas de pessoal. Se as câmaras usassem esse dinheiro para pagar essas despesas conseguiriam fazê-lo e ainda sobrariam uns trocados.

As receitas provenientes do imobiliário são, de facto, um maná para as autarquias. Se às do IMI somarmos as que resultam da venda de imóveis (IMT), que são cerca de 83 milhões, temos um total de cerca de 250 milhões a reforçar as receitas camarárias.

Regressando apenas às do IMI, e de acordo com as prestações de contas de 2015 que, cada uma delas, aprovou, as autarquias que mais recebem do ‘bolo’ são as de Loulé (35 milhões de euros), Albufeira (30 milhões) e Portimão (24). São as três únicas que ultrapassam o patamar dos 20 milhões.

Seguem-se, quase empatadas, as de Faro (13,9 milhões) e de Lagos (13,6 milhões).

Em 6º lugar da lista surge o município de Lagoa (9,3), seguido por três autarquias com receitas na casa dos 7 milhões: Tavira (7,9), Vila Real de Sto. António (7,6) e Silves (7,1).

Olhão factura 6,4 milhões, Castro Marim 3 milhões e, nos cinco últimos lugares surgem Vila do Bispo (1,9), S. Brás de Alportel (1,8), Aljezur (1,7), Monchique (600 mil) e Alcoutim (255 mil).

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