Regional

Realojamento polémico

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A sessão desta 5ª feira da Assembleia de Freguesia das Ferreiras foi, provavelmente, a mais concorrida de sempre, tendo mais de uma centena de habitantes locais feito questão de marcar presença.

O que levou a esmagadora maioria dessas pessoas à sessão foi o desejo de protestar contra a intenção de instalação de uma comunidade de etnia cigana num terreno situado junto à povoação da Malhada Velha.

Trata-se de um projecto da Santa Casa da Misericórdia de Albufeira, denominado “Aldeia do Sanacai”, que, consiste, no essencial, no realojamento de cerca de 40 pessoas que, actualmente, vivem perto da Marina de Albufeira, em alojamentos bastante degradados.

A população das freguesia das Ferreiras mostra-se, no entanto, preocupada e descontente com a forma como este processo tem sido desenvolvido. Os habitantes que foram à assembleia consideram que a questão deveria ter sido alvo de um amplo debate, de forma a que se encontrasse a melhor solução para todas as partes envolvidas.

Aliás, muitos dos que estiveram presentes interrogavam-se sobre o porquê da escolha daquele espaço. Isto porque há já algum tempo que está previsto o realojamento daquela comunidade, mas num outro terreno, propriedade da Câmara de Albufeira, situado a norte, na zona do Escarapão.

A Santa Casa terá mudado de ideias e mostra-se, agora, empenhada em instalar aquelas pessoas num terreno que possui bem perto da povoação de Malhada Velha, situado entre a Estrada Nacional 269 e o IC 1. A mudança de localização terá ficado a dever-se ao facto da comunidade que vai ser realojada considerar que o terreno do Escarapão fica bastante isolado, com difíceis acessos e afastado de qualquer povoação e dos serviços básicos.

Acontece que há constrangimentos legais que podem impedir que este projecto de integração de comunidades ciganas seja concretizado no espaço situado junto à Malhada Velha. O terreno em causa está classificado como rural e situado em Reserva Agrícola pelo que, à partida, se torna inviável a prevista instalação de habitações pré-fabricadas, onde seriam realojadas aquelas famílias.

Aparentemente, a única hipótese de ultrapassar esta questão é que a Câmara e a Assembleia Municipal de Albufeira declarem o projecto como de interesse público municipal. Ao que apurámos, a Santa Casa já fez seguir esse pedido para a Câmara Municipal.

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