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O que fazer com este ‘elefante branco’?

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Foi construído no espaço de uma antiga fábrica conserveira, no Parchal (concelho de Lagoa) e, supostamente, iria acolher um sem número de eventos de grande dimensão.

Iria, também, dinamizar, no Algarve, o turismo de congressos, que se apresentava como uma galinha dos ovos de ouro e que iria fazer do Pavilhão do Arade, posteriormente, rebaptizado com o nome mais pomposo de Centro de Congressos do Arade, um enorme sucesso.Mas o conto de fadas que foi vendido durou pouco tempo, após a sua inauguração, ocorrida em Outubro de 2007. A procura pelo espaço nunca foi a projectada e, em face disso, a facturação esteve sempre muito longe de ser a necessária para fazer face ao investimento realizado e aos custos de funcionamento e manutenção.

Nesta altura, o edifício é, basicamente, um ‘elefante branco’. E, aliás, ironiza o presidente da Câmara de Lagoa, se não fosse o esforço e investimento da autarquia, “aquilo nem sequer seria um elefante branco, porque já nem tinham dinheiro para a tinta” necessária para pintá-lo.

De acordo com o site do Centro de Congressos do Arade, são mais de duas dezenas as entidades públicas e privadas que são suas associadas. No entanto, lamenta Francisco Martins, apenas 5 ou 6 têm mostrado algum interesse prático em evitar que feche as portas.

Por estar situado no seu concelho, tem sido a autarquia que dirige a chegar-se à frente, assumindo a realização de uma série de eventos e os consequentes custos.

Para além disso, tem feito promoção do equipamento nas feiras internacionais em que participa. O problema é que não vê os outros sócios fazer o mesmo. Destaca o interesse e trabalho desenvolvido pelo presidente da Região de Turismo do Algarve, Desidério Silva, mas, ainda assim, diz que a entidade que dirige não promove o equipamento nos certames em em que participa.

Segundo o autarca, nesta altura, o passivo do equipamento já vai em cerca de 12 milhões de euros, o que obrigou a fazer um Plano Especial de Revitalização (PER), através do qual chegou a acordo com os credores para que proporcionem facilidades de pagamento da dívida e perdoem uma parte dos juros, de forma a evitar a falência.

O plano apresentado prevê também a dinamização do espaço e da promoção, de forma a aumentar a procura, os eventos e, consequentemente, a facturação.

Um dos calcanhares de aquiles do projecto, na opinião de Francisco Martins, tem sido a falta de uma equipa própria de promoção e vendas. Esse é um dos aspectos que agora se prevê implementar, mas ainda assim, não há garantias que seja possível inverter a situação e salvar o Centro de Congressos do Arade.

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