“Sr. ministro, devolva-nos cuidados de saúde condignos”
A Assembleia Municipal de Portimão aprovou 3 moções a pedir mudanças nos cuidados de saúde públicos na região, em especial, no Hospital de Portimão. Os documentos foram apresentados pelo Bloco de Esquerda, Servir Portimão e CDU.
Mas, apesar dos deputados municipais estarem de acordo na necessidade de profundas alterações, a discussão acabou por não ser totalmente pacífica. Damião Sequeira, da CDU, acusou mesmo a bancada do Servir Portimão de “hipocrisia e falta de vergonha”.
É que, na opinião daquela força política, grande parte dos problemas surgiram com a junção de todos os hospitais algarvios no Centro Hospitalar do Algarve (CHA) e com a gestão e decisões tomadas pelo anterior presidente daquele organismo, Pedro Nunes. As posições agora tomadas pelo Servir Portimão deviam, na sua opinião, ter sido tomadas na altura, o que não aconteceu.
À CDU, tal como a outras bancadas, também não agradou que o Servir Portimão tenha, na sua moção, proposto a realização de um estudo técnico para se determinar se há ou não vantagens na separação dos hospitais.
Embora não tenha apresentado nenhuma moção, uma das intervenções mais veementes quanto à necessidade de mudanças veio do chefe do grupo parlamentar do PS, Figueiredo Santos, que exortou o ministro da Saúde a apressar-se.
Lembrou que o responsável máximo pelo sector prometeu alterações ao fim de um ano e até agora nada de relevante foi feito, pelo que, por seu intermédio, a bancada do PS “exige que tome uma decisão quanto ao modelo de gestão dos hospitais” e, sobretudo, que “nos devolva cuidados de saúde condignos”.
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