Entrevista

“Queremos uma maioria inequívoca”

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A cabeça-de-lista do PS, pelo Algarve, às próximas eleições Legislativas é Jamila Madeira que não fixa um objetivo concreto, em termos de resultados, mas que assume querer que, no Algarve e no país, o seu partido tenha uma “maioria inequívoca”.

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Ficou surpreendida por ter sido escolhida para nº1 da lista ou já contava com isso?

Vejo essa escolha como um honra, uma enorme responsabilidade e o reconhecimento de algum trabalho feito. Mas mais importante do que isso é um facto da nossa lista ser composta por pessoas que têm desenvolvido um percurso que os algarvios reconhecem, de defesa do Algarve e com uma proximidade aos algarvios que creio que é inquestionável.

Que expectativas eleitorais tem, quantos deputados do PS espera que sejam eleitos pelo Algarve?

Durante quatro anos tivemos todo um processo de construção e de reconstrução da economia, da qualidade de vida dos cidadãos, da reposição de rendimentos, da diminuição para menos de metade da taxa de desemprego, da recuperação do salário mínimo e do reforço muito substancial dos abonos de família.

Acreditamos na confiança do eleitorado, não especulamos sobre resultados, mas, naturalmente que queremos uma maioria inequívoca em todo o país e que ela seja muito expressiva no Algarve.

Em termos genéricos, quais vão ser os principais temas de campanha do PS na região?

Temos várias preocupações. Na saúde queremos continuar o trabalho que tem sido feito, de reforço de recursos humanos, de consultas ao nível dos cuidados primários e hospitalares, que subiram substancialmente, ou na diminuição das listas de espera para cirurgias. Foram dados passos positivos, mas é preciso continuar a reconstruir tudo aquilo que tinha sido desmontado e desmantelado, nesta área.

Queremos dar uma resposta mais qualificada e estruturada aos algarvios para que se sintam verdadeiramente protegidos no quadro do Serviço Nacional de Saúde.

E para além da saúde?

Um dos pilares essenciais do nosso programa vai ter a ver com as alterações climáticas que convergem com muitas áreas. Têm, por exemplo, impacto na questão da água, que é algo absolutamente crítico, não podemos olhar para a próxima legislatura sem enfrentar este desafio.

Os estudos que existem demonstram que a nossa região sofrerá vários impactos diretos no quadro das alterações climáticas e que teremos que olhar para o turismo e a agricultura tendo isso em perspetiva.

Uma outra questão que nos preocupa é a dos preços da habitação. Nos últimos tempos foram produzidas alterações legislativas nessa área e queremos ver, durante a próxima legislatura, a sua aplicação prática. É importante que nos permitam resolver o problema da dificuldade do acesso à habitação, criando condições para a fixação de preços que sejam suportáveis, para os jovens, para as famílias da classe média e para as famílias mais carenciadas.

Temos de resolver estes e outros desafios numa lógica de coesão territorial. Isso significa que temos de olhar não apenas para o litoral, onde a pressão e a densidade populacional são muito grandes e que tem um determinado tipo de problemas, mas também para o interior, onde as dificuldades de fixação de população e de atividades económicas são muito sensíveis.

 

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