Economia

Mudar de vida para vencer a crise

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(Texto originalmente publicado no Portimão Jornal, que pode ler na versão impressa ou online, aqui).

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Francisco Germano e Vânia Santos vivem da comercialização de produtos agrícolas. Como não têm terreno próprio, vão comprar fruta e legumes a agricultores de vários concelhos algarvios e até alentejanos, os quais depois vendem aos consumidores finais.

Desenvolvem este modo de vida há apenas cerca de quatro meses. Eram feirantes, mas o surgimento da pandemia trocou-lhes as voltas, pois as feiras e os mercados foram encerrados para evitar o alastramento do vírus.

Em vez de ficarem deprimidos, a lamentar a má sorte e sem saber como pagar a renda da casa e todas as outras despesas que um casal com dois filhos tem, arregaçaram as mangas e deram um novo uso à carrinha que usavam na sua atividade habitual.

O primeiro passo era encontrar fornecedores, tarefa que, confessa Francisco Germano, “não foi muito fácil, o que normal, pois as pessoas não nos conheciam”. Ao fim de algum tempo, a persistência deu resultado e conseguiram que lhes forneçam fruta, legumes, mel, azeite e azeitonas que lhes permita encher a viatura com regularidade.

A outra tarefa fundamental que tinham pela frente era encontrar clientes suficientes para rentabilizarem o trabalho e a despesa de fazerem a ponte entre quem produz e quem consome. Para que isso acontecesse houve que passar a palavra aos seus potenciais clientes de que, em cada dia da semana, durante determinadas horas, podem encontrá-los nos sítios habituais, na cidade de Portimão, mas também na Mexilhoeira Grande e em Lagoa.

Mas para quem não queira ou não tenha forma de fazer a deslocação, há outra opção. Através de um simples telefonema ou de mensagem no Facebook – que se tornou no principal meio de promoção do empreendedor casal – podem fazer as suas encomendas que são levadas a casa ou a um outro local e “não cobramos qualquer taxa adicional por isso”. Também não impõem limite mínimo de compras para a deslocação.

A estratégia tem resultado, “já temos muitos clientes fiéis e o nosso objetivo no futuro será conjugar este trabalho com o de feirantes”. Nesta altura até já estão a fazer isso, pois alguns mercados retomaram a atividade, mas “a afluência de pessoas e as vendas são bastante inferiores às que eram antigamente, pelo que só temos ido a quatro”, diz Francisco Germano.

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