Francisco Martins quer voltar a sentar-se na cadeira de presidente da Câmara de Lagoa
Francisco Martins vai avançar com uma candidatura ao cargo de presidente da Câmara de Lagoa, que já ocupou em representação do PS, mas agora à frente do movimento independente Lagoa Primeiro.
O dia em que se comemora mais um aniversário da criação do concelho, 16 de janeiro, foi aproveitado para o movimento dar-se a conhecer, através da divulgação do seu manifesto.
Aí pode ler-se que se trata de “um projeto coletivo que não se esgota na apresentação de uma candidatura independente às Autárquicas de 2021”. Mas, para já, esse é o desafio que os seus membros têm pela frente.
Francisco Martins recorda, em comunicado, a sua saída do cargo que quer voltar a ocupar. Tratou-se, garante, da “decisão mais difícil e dura que tive de tomar na minha vida”.
A partir daí considera que “estava em dívida para com Lagoa e os lagoenses e por isso entendi dar agora a única coisa que tenho para dar: a minha disponibilidade para voltar”.
A decisão de ir às urnas também tem por base a avaliação negativa que faz da equipa que deixou a dirigir os destinos da Câmara. Na sua opinião, a sua gestão “não tem respondido às necessidades dos lagoenses”.
Francisco Martins foi presidente da autarquia lagoense, pelo Partido Socialista (PS), ao longo de cerca de mandato e meio, tendo renunciado ao cargo a 30 de julho de 2019, alegando razões de saúde. Contudo, cerca de dois meses após a saída, em entrevista ao jornal Lagoa Informa, já sinalizava a vontade de continuar ativo na vida política local e atirava farpas à equipa que passou a ser liderada por Luís Encarnação.
Para além dos problemas de saúde, referiu, na altura, ao jornal, também contribuiu para a sua decisão o facto de sentir “uma grande angústia, uma vez que determinadas coisas não andavam à velocidade que eu queria e outras eram para ser feitas, mas não estava a ser feitas”.
Em dezembro desse ano assumiu as funções de adjunto da então secretária de Estado da Saúde, Jamila Madeira, que deixou em agosto do ano passado, por ter sido nomeado vogal do conselho diretivo da Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve.
Ao longo deste período foi, com alguma regularidade, colocando posts na sua página de Facebook, através dos quais indiciava ser seu objetivo voltar a candidatar-se.
A nível partidário, o braço-de-ferro com o atual presidente da Câmara acabou por ser resolvido em Lisboa, após duas reuniões separadas com a coordenadora autárquica, Maria da Luz Rosinha, e o líder distrital do PS, Luís Graça, que assumiram ser Luís Encarnação o candidato do PS.
Isso levou à saída do partido de Francisco Martins e de diversos outros militantes que o apoiam e que constituem o núcleo duro do novo movimento independente Lagoa Primeiro.
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