Pedro Nuno Santos foi a Portimão apoiar Isilda Gomes e ‘bater’ em Rui André
O Partido Socialista (PS) apresentou, esta sexta-feira, no Largo 1º de Dezembro, as suas listas aos diversos órgãos autárquicos de Portimão.
Na sua intervenção, a atual presidente de Câmara e candidata ao terceiro mandato, Isilda Gomes, assumiu que “gostava de já ter mais obras concluídas”. No entanto, para isso ser possível “é preciso projetos e dinheiro”.
Só que, lembrou, quando chegou ao cargo que agora exerce não havia nem uma coisa nem outra. Foi preciso percorrer “um caminho de sacrifícios” e desenvolver uma “gestão rigorosa” para deixar para trás os tempos das “injunções e penhoras, em que ninguém vendia fiado à Câmara”. A candidata garantiu que esse período ficou para trás, não pode voltar, mas também “não deve ser esquecido”.
Assim que os problemas maiores foram resolvidos e houve verbas para o efeito começaram a ser feitos os projetos para concretizar as muitas intervenções de que o concelho precisa. Só que, entretanto, “a pandemia chegou e fomos das primeiras cidades a registar casos”. O foco passou, então, a ser a resposta aos efeitos que daí resultaram, pois “as obras podem deixar de ser uma prioridade, mas as pessoas e as suas vidas não, essas estão sempre em primeiro lugar”.
Ao longo de cerca de ano e meio “soubemos enfrentar esta grave crise e estivemos sempre na dianteira, tanto no combate como na assistência à população”, o que implicou um investimento de “mais de 7 milhões de euros”.
Paralelamente foram sendo feitos projetos e lançados concursos para a execução de empreitadas, tendo alguns deles ficado desertos, ou seja, nenhuma empresa concorreu, o que fez atrasar os processos.
Ainda assim, garante que foram desenvolvidas intervenções importantes, como a conclusão do Pavilhão da Boavista, e tomadas decisões como a do resgate de muitos lugares de estacionamento à superfície, que “devolveu aos residentes um conjunto de importantes benefícios e à cidade uma redução de 540 lugares tarifados, de outubro a maio”.
Uma das prioridades a que deu especial destaque no seu discurso foi à implementação da nova estratégia local de habitação, no âmbito da qual “já abrimos candidaturas para venda de 200 habitações a custos controlados, que vamos construir no Vale de Lagar”.
Realçada também por Isilda Gomes foi a realização no concelho de eventos como a «Cidade Europeia do Desporto” e dos grandes prémios de Fórmula 1 e de Moto GP que, na sua opinião, contribuem para dar visibilidade internacional a Portimão e alavancar a economia local, em especial, a ligada ao turismo.
Apesar dos contratempos provocados sobretudo pela pandemia, “há muitas obras em curso ou prestes a começar, uma vez que nos últimos meses lançámos mais de 15 milhões de euros de concursos”. Algumas das intervenções foram adiadas para não complicar a vida a residentes e visitantes, em plena época alta turística, mas “o próximo mandato será de concretização das obras sem correr o risco de voltar a outros tempos”.
Rui André “foi absolutamente incapaz de resolver problemas em Monchique”
No seu discurso, Isilda Gomes ignorou quase por completo os seus adversários políticos, apenas deixando algumas indiretas a Luís Carito, sem nunca o nomear.
O mesmo não aconteceu com a ‘vedeta’ nacional convidada, o dirigente e ministro Pedro Nuno Santos, que, no seu discurso, elegeu o candidato do PSD, PPM e MPT, Rui André, como principal alvo.
Na sua opinião, ao longo de 12 anos, o homem que agora quer derrotar Isilda Gomes “foi absolutamente incapaz de resolver problemas” no seu concelho, Monchique.
Pedro Nuno Santos considera-o mesmo responsável por ainda hoje muitas pessoas que viram as suas casas destruídas pelo incêndio de 2018 não terem a questão resolvida.
Garante que o Governo disponibilizou “programa e fundos para dar resposta a essas famílias, que não tiveram da autarquia a capacidade de as acudir e ser pronta na resolução desses problemas”. Em face disso, perguntou, como é que Rui André “pode aspirar a gerir um município da dimensão e com a complexidade de Portimão?”
Outra parte da sua intervenção foi, como seria de esperar, dedicada a defender os méritos da governação local de Isilda Gomes e da sua equipa, nomeadamente na vertente social. A necessidade da diversificação económica do concelho e do Algarve foi outra das tónicas do seu discurso, bem como a promessa de ajudar a dinamizar o porto de Portimão, de forma a que seja uma importante porta de entrada no país.
O regresso de Abílio Lima
O PS apresenta algumas novidades em termos de nomes nas listas, a maioria das quais já há algum tempo conhecidas, como a colocação de Álvaro Bila no 2º lugar da lista da Câmara e o lançamento de Maria da Luz como candidata à presidência da Junta de Portimão.
Na lista da Assembleia Municipal também há algumas alterações importantes, desde logo no 1º lugar, com a troca de João Vieira, que se retira, por Isabel Guerreiro, antiga presidente da Junta de Portimão e vereadora na Câmara.
Um outro regresso à vida política local é o do histórico Abílio Lima, que foi vereador nos tempos em que Martim Gracias era presidente e que agora aparece em 3º lugar na lista da Assembleia Municipal.
São os seguintes dos nomes de todos os elementos que fazem parte das listas autárquicas socialistas:
CÂMARA MUNICIPAL:
1 – Isilda Gomes;
2 – Álvaro Bila;
3 – Filipe Vital;
4 – Teresa Mendes;
5 – João Gambôa;
6 – José Pedro Cardoso;
7 – Sandra Pereira;
8 – Eduardo Catarino;
9 – Amélia Gracias;
10 – Carlos Pacheco;
11 – Plínio Ferrão;
12 – Ana Sofia Jorge;
13 – José Rosa;
14 – Maria de Fátima Cano;
15 – Nuno Velasques;
16 – Dalila Silva;
17 – Sara Nobre;
18 – João Rosa.
ASSEMBLEIA MUNICIPAL:
1 – Isabel Guerreiro;
2 – Carlos Café;
3 – Abílio Lima;
4 – Marina Esteves;
5 – José Figueiredo Santos;
6 – Júlio Ferreira;
7 – Sheila Tomé;
8 – Joaquim Paulino;
9 – Pedro Moreira;
10 – Ana Sofia Vicente;
11 – Carlos Osório;
12 – Rui Algarve;
13 – Andreia Sousa;
14 – Cristiano Gregório;
15 – José Luís Barbudo;
16 – Alzira Calha;
17 – João Pedro Rosa;
18 – Paulo Riscado;
19 – Maria de Lurdes Reis;
20 – António Pereira;
21 – Dário Reis;
22 – Ana Bernardino Vieira;
23 – João Catarino;
24 – Avelino Varela;
25 – Ana Catarina Sousa;
26 – Nuno Monteiro;
27 – Luís Paiva;
28 – Ana Correia;
29 – Paulo Silva;
30 – Márcia Duarte;
31 – Miguel Martinho;
32 – Bruno Proença;
33 – Conceição Torrinha;
34 – Lumelina Vieira;
35 – Hermínio Rebelo;
36 – Luís Correia.
ASSEMBLEIA DE FREGUESIA DE PORTIMÃO:
1 – Maria da Luz Santana;
2 – Ilídio Poucochinho;
3 – Carlos André Reis;
4 – Sónia Oliveira;
5 – Filipe Santos;
6 – Pedro Jesus;
7 – Susana Pires:
8 – António Vitorino;
9 – Rui Rosa;
10 – Maria Suzel Grade;
11 – José Carlos Lourenço;
12 – Pedro Dias;
13 – Maria Manuela Santos;
14 – Armindo Silva;
15 – Filipe Silva;
16 – Liliana Briceag;
17 – Paulo Silva;
18 – Alexandra Delgado;
19 – Luís Rodrigues;
20 – João Lagartinho;
21 – Daniela Brás;
22 – Henrique Tiago;
23 – Ana Isabel Vieira;
24 – Cristina Bentes;
25 – Cláudio Oliveira;
26 – Mariana Neto;
27 – Ana Sofia Isidoro;
28 – Fábio Zacarias;
29 – Luana Vieira;
30 – Sérgio Lopes;
31 – Ana Bela Neto;
32 – João Segurado.
ASSEMBLEIA DE FREGUESIA DA MEXILHOEIRA GRANDE:
1 – José Vitorino Nunes;
2 – Idalécia Lourenço;
3 – Bruno Inácio;
4 – Humberto Martins;
6 – Filipe Pomba;
5 – Susana Santos;
7 – Jorge Santos;
12 – João Serro;
8 – Susana Guia;
9 – Bruno Marreiros;
10 – Maria da Luz Penteado;
11 – Manuel Penteado;
13 – Maria Elias;
14 – José António Elias.
ASSEMBLEIA DE FREGUESIA DE ALVOR:
1 – Ivo Carvalho;
2 – Mónica Fernandes;
3 – Francisco Correia;
4 – Ana Isabel Magina;
5 – Filipe Baptista;
6 – Maria da Glória Eduardo;
7 – Nélson Vieira;
8 – Anabela Nobre;
9 – Pedro Prazeres;
10 – Carla Palma;
11 – Maria Carcereiro;
12 – Fernando Jesus;
13 – António Claudino;
14 – Tatiana Serra;
15 – Carlos Prazeres;
16 – Elisa Pestana;
17 – Diogo Pitau;
18 – Diana Nicolau;
19 – Ricardo Romão;
20 – Amândio Sebastião;
21 – Micaela Costa;
22 – Tiago Santos;
23 – Bráulio Custódio.

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