Câmara de Lagoa tem luz verde para comprar pavilhão vandalizado (com vídeo)
A Câmara de Lagoa recebeu luz verde do Tribunal de Contas para contrair o empréstimo bancário necessário para comprar o Centro de Congressos do Arade.
Em face disso, foi elaborada a minuta da respetiva escritura, que, por uma questão de precaução, também foi enviada para aquela entidade fiscalizadora.
Tendo em conta que os dados que lá constam já tinham sido disponibilizados ao Tribunal de Contas, aquando do pedido de visto do empréstimo, o presidente da autarquia, Luís Encarnação, diz não esperar que surja qualquer entrave, pelo que deverá seguir-se a formalização da compra do imóvel.
Construído numa antiga fábrica de conservas do Parchal, o equipamento, na altura com o nome de Pavilhão do Arade, foi inaugurado em 2008, e era propriedade das câmaras de Lagoa, Portimão, Silves e Monchique, da Região de Turismo do Algarve e de várias empresas privadas.
No entanto, cedo constatou que se tinha construído um elefante branco, tendo os prejuízos vindo a avolumar-se até que em 2020 foi declarada a sua insolvência.
Daí para cá esteve praticamente ao abandono e foi alvo de vários atos de vandalismo, cujos resultados ainda hoje são perfeitamente visíveis.
Devido a essa circunstância, a Câmara de Lagoa baixou o valor que, inicialmente, ofereceu ao administrador de insolvência de 3 para 2,5 milhões de euros e procurou acelerar o processo de compra do imóvel e de colocação de vigilância.
Uma vez na posse da autarquia, Luís Encarnação acredita que o Centro de Congressos do Arade, que tem uma grande sala de espetáculos de 1.000 lugares, vai finalmente ter um futuro promissor e ser uma mais-valia para o concelho.
O autarca considera que os problemas tidos até agora resultam do elevado empréstimo contraído para a sua construção (cerca de 7,5 milhões de euros), o que levou a que na maior parte dos anos em que funcionou não conseguisse faturar o suficiente para pagar essas prestações à banca.
Agora, livre de todas as dívidas, o autarca acredita que em cerca de 10 anos serão recuperados os 2,5 milhões de euros que a câmara vai investir na sua compra.
Assista ao vídeo:
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