Câmara de Lagos quer aumentar para o dobro o número de habitações a construir
O presidente da Câmara de Lagos quer aumentar para o dobro o número de habitações que está previsto a autarquia construir.
Hugo Pereira diz que a disponibilização de fogos que a população possa pagar “é o maior desafio” enfrentado pela autarquia que lidera e a sua principal prioridade.
O que está definido é que a Câmara de Lagos construa um total de 260 habitações até 2026, das quais 47 encontram-se atualmente em fase de construção e algumas delas até já concluídas, em Bensafrim, Lagos, Barão de São João e Sargaçal, estando a decorrer os respetivos concursos de atribuição.
Segue-se “um outro projeto de cerca de uma centena de fogos em Lagos, perto do Intermaché, que julgo que no início do próximo ano poderá estar em condições de ir para concurso”.
No entanto, Hugo Pereira está consciente que estas novas habitações estão longe de chegar para as necessidades. Até porque, “passámos de 400 e poucas famílias inscritas para cerca de 1600/1700, o que é um aumento substancial, embora muitos desses agregados possam não cumprir os critérios definidos para acesso ao programa 1º Direito, ao abrigo do qual é construída a maioria destes fogos”.
Em face desse aumento da procura, “estamos a rever a Estratégia Local de Habitação e a analisar o que o programa Mais Habitação nos poderá ainda vir a libertar em termos de terrenos, para tentar duplicar o número de fogos previstos”.
O autarca não considera que seja justo acusar o alojamento local de ser responsável pela falta de casas para arrendamento. O que se passa é que “durante 15 anos houve um desinvestimento completo nesta área por parte do Governo e das autarquias, porque não havia verbas, o país não tinha condições e as cooperativas que, no passado, tiveram um papel importante, por via da crise, praticamente deixaram de existir”.
Em face disto, “sem se construir habitações e com a procura a duplicar ou triplicar, o ‘buraco’ aumentou e agora a maneira de combater isso é recuperando o atraso, construindo as muitas casas que fazem falta e metê-las no mercado”, defende Hugo Pereira.
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