O caso das larvas em comida em escola de Portimão
A diretora do Agrupamento de Escolas da Bemposta, em Portimão, Sandra Tenil, diz, em comunicado, não ter sido recebida qualquer queixa sobre a existência de larvas em comida servida no refeitório daquele estabelecimento escolar no dia em que, alegadamente, essa situação terá ocorrido, segunda-feira, 22 de janeiro. De acordo com aquela responsável também não foi entregue pelos alunos a referida comida para análise.
Essa alegação surgiu nas redes sociais, acompanhada por fotos e um vídeo feitos por alunas, o que criou alarme na comunidade escolar, sobretudo entre os pais e encarregados de educação, que têm procurado explicações da direção do agrupamento. O pai de uma das jovens diz que foi por medo de serem admoestadas que não mostraram o peixe com larvas às funcionárias e também por não ser suposto usarem os telemóveis dentro do espaço escolar.
No comunicado emitido esta tarde, Sandra Tenil adianta que, baseada unicamente nessas fotos, “decidiu esta direção dar início ao protocolo estabelecido por lei, em articulação com a empresa que acompanha regulamente os procedimentos de higiene, conservação, manipulação e confeção de alimentos de todas as cantinas e bares deste Agrupamento”.
Dessas diligências, acrescenta, “não se constatou perigo para a saúde dos nossos alunos, professores e funcionários. Ainda assim, continuaremos a acompanhar e a monitorizar a situação, em estreita colaboração/articulação com os nossos parceiros, continuando a apostar na prestação de um serviço público de qualidade”.
Quem também já tomou posição sobre esta questão foram o PSD de Portimão e a Câmara. Em comunicado emitido ontem à noite, os social-democratas dizem ter interpelado, através dos seus vereadores, o executivo municipal e mostram “preocupação face à abordagem questionável” por parte do poder político local, “especialmente considerando a dimensão de potencial problema de saúde pública, uma vez que a Delegada de Saúde esteve presente no local, embora não tenha conseguido ter acesso ao peixe alegadamente contaminado”.
Aqueles responsáveis assumem ir solicitar à Inspeção-Geral da Educação e Ciência (IGEC) “a abertura de um inquérito para esclarecer os acontecimentos de forma transparente, responsável e comprometida com a saúde pública e o bem-estar da comunidade escolar”.
A posição da Câmara surgiu esta tarde, igualmente em comunicado. A autarquia refere que “a informação disponível é a de que a referida escola adota, e sempre adotou, todos os rigorosos procedimentos associados ao Sistema de Análise de Perigos e Controlo de Pontos Críticos (HACCP), que assegura a segurança alimentar dos produtos utilizados para a confeção das refeições e, dessa forma, garante o normal funcionamento dos refeitórios escolares do Agrupamento”.
Relativamente a este caso, no documento, acrescenta-se que “segundo informação da escola, assim que foi tomado conhecimento do ocorrido, foram ativados todos os procedimentos definidos e associados a situações do género. Informa-se igualmente que a Autoridade de Saúde, que prontamente se deslocou ao local, recolheu as amostras do peixe ultracongelado e do peixe que foi confecionado e servido no dia da ocorrência relatada”.
A autarquia também revela que a Delegada de Saúde “informou que, numa primeira averiguação, não foram detetados quaisquer indícios de presença de corpos estranhos, em concreto os que constam nas fotografias. No entanto, a amostra recolhida encontra-se a ser analisada no Laboratório Regional de Saúde Pública Laura Ayres”.
Aquela responsável de Saúde também terá informado a Câmara que “esta situação encontra-se a ser monitorizada na Pediatria do Hospital de Portimão, não existindo registos de problemas de intoxicação alimentar associados a este acontecimento”.

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