222 cetáceos deram à costa no Algarve em pouco mais de três anos
Desde que foi reativada, em outubro de 2020, e até fim do ano passado, a Rede de Arrojamentos do Algarve (RAAlg) deu resposta a 222 arrojamentos de cetáceos, distribuídos por toda a costa algarvia.
A RAAlg, que integra uma equipa técnica de biólogos do Centro de Ciências do Mar (CCMAR) e Universidade do Algarve, explica que “as causas de morte dos animais resultantes de arrojamentos podem ser diversas e influenciadas por vários fatores”.
No que se refere aos casos verificados no Algarve, a RAAlg afirma que, devido ao estado de decomposição dos animais em alguns casos ser bastante avançado, cerca de 41%, “não foi elegível para a análise das causas de morte, por forma à não obtenção de resultados deturpados”.
No que diz respeito aos restantes 59%, “a principal causa de morte registada está associada à captura acidental em artes de pesca”.
Assim, “em 29% dos casos, foram encontradas evidências óbvias que apontavam para este resultado”, enquanto em “15% dos casos, apesar destas evidências não serem tão claras”, a necrópsia revelou sinais que apontam nesse sentido, explica a RAALg.
Esta entidade acrescenta que que 64% dos indivíduos afetados pela captura acidental em artes de pesca são da “espécie Delphinus delphis, o golfinho-comum, o que pode estar associado à frequência das interações da mesma com as embarcações de pesca mais costeiras”.
(Foto: RAAlg)
À descoberta dos segredos da vila mais alta do Algarve
Assista aqui a todos os nossos vídeos
À descoberta dos segredos da vila mais alta do Algarve
Assista aqui a todos os nossos vídeos