Portimão: luto municipal por Nuno Júdice
A Câmara de Portimão aprovou um Voto de Pesar pela morte, ocorrida ontem, dia 17 de março, do poeta e escritor Nuno Júdice e decretou um dia de luto municipal, por considerar que se trata de “uma perda irreparável para a cultura portuguesa”.
Natural da Mexilhoeira Grande, onde nasceu em 1949, Nuno Júdice deixa uma vasta obra literária, de mais de duas dezenas de livros.
Foi o poeta português mais reconhecido internacionalmente: em 2013, foi distinguido com o XXII Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana (Espanha); em 2014, com o Prémio de Poesia Poetas del Mundo Latino Víctor Sandoval (México); em 2015, com o Prémio Argana de Poesia, da Maison de la Poésie de Marrocos, e o Prémio Literário Fundação Inês de Castro – Tributo de Consagração, entre muitas outras distinções.
Para além da obra poética, Nuno Júdice dedicou-se à ficção, ao ensaio, à tradução, ao ensino superior e exerceu funções de conselheiro cultural da Embaixada de Portugal em Paris, onde também dirigiu o Instituto Camões.
A 10 de junho de 1992, foi agraciado com o grau de Oficial da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada e, a 7 de junho de 2013, foi elevado a Grande-Oficial da mesma ordem.
Em 2001, o Município de Portimão atribuiu a Nuno Júdice a Medalha de Mérito Municipal – Grau Ouro.
Também o Município de Faro manifestou pesar pelo falecimento do “eminente poeta português Nuno Júdice”. Em comunicado, aquela autarquia adianta que “a sua partida deixa uma lacuna irremediável não apenas na literatura nacional, mas também no coração de todos aqueles que reconhecem e apreciam a grandiosidade da sua obra”.
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