Insólito: barcos não param de encalhar em praia algarvia. Já são quatro (com VÍDEO)
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A Praia Grande de Ferragudo começa a parecer pequena para acolher todos os barcos que se refugiaram no seu areal para escaparem à fúria do vento e da ondulação do mar.
O primeiro caso ocorreu em outubro do ano passado, quando um veleiro ficou encalhado na areia. Em 17 de janeiro deste ano, duas outras embarcações que se encontravam ancoradas ao largo acabaram por vir fazer-lhes companhia e, na madrugada desta quarta-feira, 27 de março, uma outra teve o mesmo destino.
O caso mais problemático é o do maior dos barcos ali encalhados. Já foram levadas a cabo várias tentativas para o remover, mas sem sucesso. Uma delas ocorreu a 12 de março e, depois dos trabalhos desenvolvidos ao longo da manhã, a embarcação parecia ter ficado na posição ideal para ser removida, mas as horas passaram e nada aconteceu.
A paragem dos trabalhos terá ficado a dever-se ao facto de não ter sido conseguido, em tempo útil, acordo para a embarcação ser levada diretamente da praia para um estaleiro.
Ao que apurámos, esse entendimento foi, mais tarde, alcançado, mas, entretanto, ficou-se à espera que uma maré alta mais forte surgisse para ajudar na operação e, nos últimos dias, o mau tempo voltou a fazer-se sentir.
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O presidente da Câmara de Lagoa diz que a autarquia “tem vindo a acompanhar o caso e as negociações entre os proprietários das embarcações, a Capitania e o estaleiro, mas a nossa paciência chegou ao fim”.
Luís Encarnação adianta que já tem tudo preparado para que, “no início da próxima semana, caso as condições meteorológicas ajudem, seja a autarquia a avançar com a retirada de, pelo menos, dois dos veleiros encalhados ou, eventualmente, até de três”.
Mas a situação mais complexa é a do barco maior, cujo proprietário, agora que chegou a acordo com os responsáveis do estaleiro, deverá levar a cabo mais uma tentativa para removê-lo do areal.
O presidente da Câmara refere que estas situações resultaram do facto de “haver barcos ancorados no anteporto há muitos anos, alguns sem a devida manutenção, pelo que estão em más condições”. Dessa circunstância diz já ter alertado a Capitania do Porto de Portimão, a quem pediu uma maior fiscalização e a retirada dessas embarcações daquele espaço.
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Passadiço radical em serra algarvia
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