Apresentado o programa completo do Festival MED
O programa completo da 19ª edição do Festival MED, que vai decorrer em Loulé de 29 de junho a 2 de julho, foi apresentado esta sexta-feira, dia 2 de junho, no Cineteatro Louletano.
“Temos um MED que está sólido e pujante, não só na música que é sempre aquele vetor que é muito comunicado, mediatizado, tanto os nomes portugueses como estrangeiros, mas em cada uma das valências, com uma programação bastante heterogénea e com curadoria de muitas pessoas que dão uma qualidade acrescida à programação”, disse aos jornalistas Carlos Carmo, vereador do Município e diretor do evento.
A abrir a noite, o presidente da Autarquia, Vítor Aleixo, falou do prestígio que em quase duas décadas o evento alcançou. “É também graças ao MED que Loulé é conhecido no país”, disse.
Pela voz do diretor, Carlos Carmo, foi desvendado o que irá acontecer nos 12 palcos que compõem o MED, “nem todos eles estrutura físicas mas zonas de atuação”. Serão 5 palcos principais e 7 secundários, estes últimos com uma dimensão mais reduzida “mas com a qualidade igualmente elevada”.
Se a música é a principal área e a que tem mais destaque, o Festival MED é acima de tudo “uma experiência multicultural com muita diversidade na sua oferta” onde cabem também cinema, literatura, artes de rua, gastronomia ou artesanato.
Como já tinha sido anunciado, o emblemático Café Calcinha volta a fazer parte do MED, após a sua reabertura. Afonso Dias terá a responsabilidade ao longo de três dias, em dois momentos diários de cerca de 40 minutos, apresentar uma musicalidade diferente, de Zeca Afonso a Jacques Brel, de Carlos do Carmo à canção de protesto, por exemplo.
São muitas as parcerias neste Festival MED e na valência da literatura há uma importante com a Casa da Cultura de Loulé. É na sua sede, o edifício do Atlético localizado na Rua das Lojas, que João Pedro Caliço “Tápê convida amigos portugueses e de outras nacionalidades para partilharem livros e poemas nas suas línguas maternas.
O MED Jazz, reeditado no Claustro do Convento do Espírito Santo, é mais uma parceria, neste caso com a Mákina de Cena, e que nesta edição apresenta três concertos : Miguel Martins “Kaleidoscópio”, Fushi e Leon Baldesberger’s Meersalz.
Na Casa do Meio, a 1 de julho, pelas 18h00, vai estar em debate “A importância dos festivais de música para a promoção cultural”, uma conferência que contará com artistas, responsáveis a nível nacional na área da cultura e programadores, com o envolvimento da APORFEST – Associação Portuguesa de Festivais.
Os incubados do Loulé Design Lab voltam a ter uma participação ativa na decoração dos espaços do recinto, através da “reutilização e valorização de resíduos que são recursos, para dar beleza ao espaço”. Aconteceu assim o ano passado no Palco Hammam e no Cinema MED, e este ano serão outras as áreas que serão brindadas com a criatividade destes designers.
Rui Tendinha, crítico de cinema bem conhecido, volta a ser o curador do Cinema MED. ”Desde que ele assumiu a programação, esta valência tem tido uma pujança e uma dinâmica muito diferente. Temos vindo a trazer muitos nomes do cinema mas também da música, há aqui um casamento quase perfeito”. Este ano a novidade é o novo espaço, localizado junto à Galeria de Arte, com a recriação de uma verdadeira sala de cinema onde serão projetados os filmes e onde acontecem os concertos. Mas o destaque vai para a apresentação da película de Roger Mor e João Pedro Moreira, “A Viagem do Rei”, com Rui Reininho,, no dia 2 de julho, pelas 17h00, no Cineteatro Louletano, seguindo-se um showcase com o músico.
O MED Classic volta este ano à sua casa. As obras de recuperação da Igreja Matriz de Loulé levaram à passagem dos concertos para a Igreja de S. Francisco. Este 2023 a Matriz voltará a ecoar a música clássica para gáudio dos muitos visitantes que fazem questão de assistir a estes espetáculos e apreciar ea beleza deste património que é Monumento Nacional. A programação está a cargo de Sérgio Leite, diretor do Conservatório de Música de Loulé, e dela fazem parte três agrupamentos: Duo Guirimbadu, Caminus Duo e Quintetango.
Em relação ao artesanato, mais de 100 bancas estarão espalhadas pelo recinto, numa aposta em “diversificar e atingir cada vez mais países e culturas que estejam presentes”. O mesmo acontece com a gastronomia e Carlos Carmo deixou antever que, em 2024, existirão novidades nesta matéria.
As artes plásticas voltam a estar em destaque com a Galeria de Arte do Convento do Espírito Santo a apresentar a exposição “Corpos Celestes”, de Adriana João, Bruno Silva, Joana da Conceição e José Jesus, com curadoria de David Revés.
Nas artes de rua, as parcerias reforçam-se com a Satori, os Al-Fanfarre e também com a Câmara Municipal de Almodôvar para apresentar o Cante Alentejano, Património Cultural Imaterial da Humanidade.
Mas o folclore internacional estará em força no MED, no âmbito de “um trabalho muito próximo que tem vindo a ser feito com a Casa da América Latina”, e nesta edição irão atuar pelas ruas e ruelas do Centro Histórico, grupos vindos do México, Colômbia e Paraguai. Para a 20ª edição há a promessa de “inputs nesta matéria”.
Os serviços educativos da Biblioteca Municipal voltam a ter a seu cargo a dinamização do MED Kids, espaço dedicado aos mais novos que recebe diariamente crianças dos 6 aos 12 anos, para atividades ligadas a este espírito das culturas do mundo.
No Open Day, domingo, 2 de julho, a organização quer “permitir a todas as pessoas que não puderam estar presentes nos 3 dias, perceberem um pouco o que é a dinâmica e o ambiente do MED”. Sem os grandes concertos, está prevista alguma programação, como a atuação do Coro Conservatório, na Igreja Matriz, o Cinema MED no Cineteatro e alguns show-cookings de dieta mediterrânica.
Também neste dia de entrada livre, será apresentada a programação do Loulé Jazz, o festival organizado pela Casa da Cultura há largos anos, “aproveitando toda a estrutura que ainda está montada”.
O Cineteatro Louletano volta a receber o concerto de abertura do Festival MED, na véspera do recinto abrir as portas, a 28 de junho, pelas 21h00, com a estreia em Portugal da artista do Haiti/Estados Unidos, Melanie Charles. Os portadores do Bilhete Festival têm entrada gratuita.
No Palco das Bicas Velhas, a curadoria é da Bóia – Associação Cultural, com um programa interdisciplinar “fora da caixa”. Aqui irão atuar Rastafogo (29 de junho), Meta- (30 de junho) e um live act com os brasileiros Venga Venga (1 de julho), banda que vai estar também num dos palcos principais para um DJ set.
Figura sempre presente neste festival, o “Vagabundo” Nanook toma conta do Palco Arco nos três dias, enquanto que os Amar Guitarra, outra presença quase desde a génese do Festival, regressam para animar o Palco Mercado.
Aos Palcos Matriz, Cerca, Castelo, Chafariz e Hammam irão subir ao palco os artistas Amadou&Mariam (Mali), Amaro Freitas (Brasil), AYWA (Marrocos/França), BandaAdriatica (Itália), Bandua (Portugal), Bateu Matou (Portugal), Bia Ferreira (Brasil), Bulimundo (Cabo Verde), Club Makumba (Portugal), Horace Andy (Jamaica), Lavoisier (Portugal), Omar Souleyman (Síria), Onipa (Gana/UK), Sara Correia (Portugal), Sarah McCoy (EUA), Sétima Legião (Portugal), Pedro Mafama (Portugal). Kabaka Pyramid (Jamaica), UDJAT convidam Pedro Jóia (Portugal), Balkan Taksim (Roménia), Nancy Vieira (Guiné-Bissau), Moonshiners convidam Samuel Úria (Portugal), Nicola Conte Umoja feat. Zara McFarlane (Itália/Reino Unido), Monda (Portugal), Poil Ueda (Japão/França), La Sra. Tomasa (Espanha), Zeca Medeiros (Portugal), DJ Nuno Galopim (Portugal), Jean Christian et le Quator des Rêve Enfouis (Canadá/Portugal), Tomoro (Japão), Caamaño&Ameixeiras (Espanha), Carpideira (Portugal), Ana Lua Caiano (Rússia/Portugal), Miguel Calhaz (Portugal), Marco Martins´Low Profile (Portugal) e Venga Venga DJ Set + Live Act (Brasil).
A sustentabilidade volta a estar associada a um Festival que é também feito de causas e este ano o MED assume o compromisso de cumprir 7 dos objetivos para o desenvolvimento sustentável: promover a igualdade de género (5), o trabalho digno e crescimento económico (8), reduzir as desigualdades (10), promover cidades e comunidades sustentáveis (11), a produção e consumo sustentáveis (12), combater as alterações climáticas (13) e promover parcerias para o desenvolvimento.
Os bilhetes encontram-se em pré-venda, com preços reduzidos, até ao dia 25 de junho: Bilhete Diário – 10,00€; Bilhete Festival (passe para os 3 dias de Festival) – 30,00€ €; Bilhete Diário Família (2 adultos e 2 crianças até 16 anos) – 35,00€.
Todas as informações no novo site do Festival MED (https://festivalmed.cm-loule.pt).
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