Os poemas ‘fotográficos’ de Fernando Reis Luís
A Casa Manuel Teixeira Gomes, em Portimão, foi palco do lançamento de mais um livro de poemas de Fernando Reis Luís, com ilustrações de José Maria Oliveira, e editado pela Arandis Editora.
A apresentação da obra, intitulada Ipsis Verbis, ficou a cargo de José Alberto Quaresma, que destacou a “riqueza” dos poemas que a compõem, que fazem com que “suscitem diversas camadas de leitura que cada um interpreta à sua maneira” e de acordo com as suas experiências e sensibilidade.
Na sua opinião, os poemas que compõem o livro só aparentemente são avulsos. Pelo contrário, entende que há neles uma coerência não só entre si mas também com os publicados nos outros livros de Fernando Reis Luís.
No fundo, trata-se de uma “inventariação” das suas emoções e estados de alma. Fazendo uma analogia com uma arte que também muito diz ao poeta – na Casa Manuel Teixeira Gomes pode ser apreciada uma exposição de máquinas fotográficas antigas suas – José Alberto Quaresma diz que os poemas são uma espécie de fotografias das experiências de Fernando Reis Luís, que oscilam entre “o claro e o escuro”. O livro funciona como uma câmara escura onde os negativos são revelados e se transformam em fotografias de vivências, de buscas, de nostalgias, de esperanças muitas vezes transformada em mágoa.
E são muitas as vivências que Fernando Reis Luís transporta para os seus livros, muitas delas ligadas à sua terra, Monchique, de que é verdadeiro apaixonado.
Ao longo da sua vida tem ‘tocado vários instrumentos’. Foi bancário, político – com passagem pela Assembleia da República – esteve ligado à protecção civil, aos bombeiros e foi professor. Nesta altura, são a poesia, o coleccionismo e a fotografia as actividades que mais preenchem os seus dias.
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