Política

Assembleia Municipal de Portimão aprova moção que critica o “silenciamento da oposição”

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A Assembleia Municipal de Portimão aprovou uma moção, através da qual se manifesta “contra o silenciamento das forças políticas”, alegadamente ocorrido na sessão solene comemorativa do Dia da Cidade.

Apesar do documento claramente visar o Partido Socialista, que lidera quer a Câmara, quer a Assembleia Municipal, a bancada do PS optou pela abstenção, no que foi acompanhada por 3 elementos do PSD, viabilizando, dessa forma, a aprovação do documento apresentado pela coligação Servir Portimão.

Na moção, refere-se que era habitual incluir na sessão uma intervenção de representantes de todas as forças políticas com assento na Assembleia. Uma tradição que foi interrompida há dois anos, prescindindo esses eleitos de usar da palavra para dar “voz aos alunos das escolas do concelho, numa perspectiva de aproximação dos jovens ao Poder Local Democrático.”

Acontece que, este ano, “de uma forma inopinada e sem que as forças políticas da oposição tivessem sido consultadas acerca do figurino a adoptar, não foram incluídas em tal cerimónia intervenções dessas mesmas forças políticas ou, sequer, de estudantes do concelho.”

Os únicos políticos que acabaram por discursar foram os presidentes da Assembleia e da Câmara, ambos socialistas, uma atitude que o Servir Portimão considera “grave”, por entender ter-se tratado de “uma tentativa despudorada de “dar palco” ao Partido Socialista, na sessão solene que antecede um ano eleitoral autárquico”.

O chefe de bancada do PS, Figueiredo Santos, rejeitou tal acusação, uma vez que os autarcas em causa usaram da palavra como representantes dos órgãos que presidem e não como eleitos socialistas.

Justificou, também, a não inclusão de alunos, este ano, por se ter decidido fazer a apresentação de um livro biográfico do ilustre portimonense Manuel Teixeira Gomes. Para além disso, considera que a sessão comemorativa deve ser muito mais “um espaço lúdico e cultural” do que uma tribuna política.

O Bloco de Esquerda votou favoravelmente, apoiou, no essencial, a moção e defendeu que “se deve voltar ao antigo figurino”, que permita as intervenções de membros da oposição. Também a CDU votou a favor, embora um dos seus representantes fizesse questão de dizer que acha excessivo afirmar-se que com o actual modelo se pretende silenciar a oposição.

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