Bombeiros de Albufeira vão usar motociclos de emergência na prestação de socorro
O comandante dos Bombeiros Voluntários de Albufeira, Abel Zua Coelho, diz esperar que os trágicos acontecimentos de Pedrógão Grande sejam devidamente estudados e que possam servir para que sejam tomadas medidas a diversos níveis.
Desde logo, nas vertentes do ordenamento do território e florestal, da protecção civil, mas devem também levar a que a comunidade científica se prepare tecnicamente para dar novos contributos, até em tempo real, a quem tem a missão de atacar incêndios.
Abel Zua Coelho foi um dos elementos que constituíram o grupo algarvio que ajudou a atacar o fogo de Pedrógão Grande. Em entrevista a Jorge Magalhães, no programa Pedra de Toque, da Rádio Solar, diz que todas as missões são diferentes e que “esta foi uma das que, claramente, logo à partida se revestia de um conjunto de factores que a tornavam excepcional.”
Em função disso, tudo foi pensado e preparado ao pormenor e com grande detalhe, no que diz respeito à mobilização do grupo de comando e operacionais algarvios, o qual está convencido que fez a “diferença”.
No que diz respeito a este incêndio, o tema de que mais se tem falado é de alegadas falhas do sistema de comunicações SIRESP. Abel Zua Coelho assume que, enquanto esteve em Pedrógão Grande, sentiu algumas “dificuldades de comunicação” e há aspectos a melhorar, mas acrescenta que não reside neste factor a razão para “tamanha tragédia”, até porque há alternativas de comunicação.
Relativamente a Albufeira, nesta altura, uma das suas principais preocupações parece ter a ver com o necessário reforço de meios do INEM, que espera que aconteça até ao próximo dia 15, para fazer face ao crescimento das solicitações, que tem sido substancial este ano e que, na época balnear, ainda é maior.
A quantidade de solicitações é tal que, em face dos meios existentes e das limitações das unidades de saúde, em mais de quatro centenas de situações “tivemos os meios todos ocupados”, o que significa que houve atrasos na prestação de socorro a outras situações. Inclusivamente, “já aconteceu virem ambulâncias de Portimão, Loulé, Quarteira fazer emergência médica em Albufeira.”
Para minorar o problema, vão ser colocados em funcionamento dois motociclos de emergência, devidamente equipados com os meios básicos de socorro, que avançam quando não há ambulâncias disponíveis. Competirá o INEM fazer a triagem e dar conhecimento aos Bombeiros de Albufeira das situações mais críticas que estão à espera de socorro. De acordo com o comandante estas viaturas deverão ficar em condições de entrar em acção já na próxima semana.
Entretanto, a corporação ficou mais apetrechada para fazer face a incêndios urbanos, uma vez que recebeu um novo veículo, adaptado especificamente às condições de Albufeira.
O programa completo ‘Pedra de Toque’, que integra esta entrevista pode ser escutado aqui.
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