Proibidos caiaques, canoas e pranchas em praias próximas da mais famosa gruta do Algarve
A Capitania do Porto de Portimão publicou um edital, este mês, a proibir “a entrada e saída de canoas, caiaques e pranchas nas praias de Vale Centeanes, Carvalho, Benagil, Marinha, Barranquinho e da praia de Albandeira”, no concelho de Lagoa.
A medida visa tentar travar o excesso de visitantes na gruta de Benagil – a mais famosa do Algarve -, onde existe o risco de derrocadas.
“Na área de jurisdição desta Capitania, tem-se verificado nos últimos anos um aumento exponencial de atividades turísticas, de recreio náutico e balneares junto à costa, na área terrestre e no plano aquático (marítimo)”, segundo consta do edital (ver aqui).
A Capitania de Portimão realça que “estas atividades marítimo turísticas recorrem ao aluguer de canoas, caiaques e outras pranchas fora do domínio público marítimo, recorrendo mais tarde, a praias balneares de pequenas dimensões, inseridas em faixas de risco, sem qualquer mecanismo de controlo que permita limitar ou condicionar o número de utilizadores que acedem ao areal e à coluna de água, originando, grandes acumulações na coluna de água, em simultâneo com o tráfego de embarcações locais na área também elevado, originando frequentemente acidentes entre eles”.
“Os utilizadores e visitantes da gruta de Benagil excedem largamente em número, os utentes das embarcações na área, sendo na sua maioria, utilizadores particulares ou clientes de outras empresas que arrendam os meios para o acesso por meios próprios para deslocação e visita a esta gruta, frequentemente desembarcando na praia existente no interior da gruta de Benagil”, refere o edital.
E acrescenta que “a praia existente na gruta de Benagil está integralmente abrangida por faixas de risco das arribas, o mesmo é dizer que está integralmente contida em área potencialmente atingida por detritos de eventual movimento de massa, como comprovam os blocos visíveis nessa praia resultam de detritos de anteriores movimentos registados”.
Assim, e de forma a “garantir e salvaguardar a vida humana no mar, a prestação de socorro e a manutenção da segurança destes visitantes, das embarcações que visitam a gruta, e da navegação em geral na área”, foi interdita, desde 10 de setembro, “a entrada e saída de canoas, caiaques e pranchas” de seis praias próximas da gruta, “até que sejam criados mecanismos que permitam controlar o fluxo destas embarcações na coluna de água contígua a essas praias”.
Segundo o edital assinado pelo capitão do porto de Portimão, Eduardo Pousadas Godinho, “a entrada e saída destas embarcações apenas está autorizada por motivos de socorro e emergência”. Quem não cumprir, será multado.
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