Cegonha foi mantida presa e cortaram-lhe as penas
O Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens (RIAS), em Olhão, está a tratar uma cegonha-branca (Ciconia ciconia) que “apresentava todas as penas primárias e secundárias cortadas” e que chegou ao centro com “uma corda na pata direita”.
Segundo o RIAS, tudo indica que a ave “estava a ser mantida em cativeiro”, considerando esta entidade que se trata de “um caso insólito”.
“Não sabemos quem o fez, nem em que circunstâncias, mas sabemos que não foi um acidente”, frisa o centro, adiantado ainda a cegonha, que deu entrada no início deste ano, “estava bastante magra, desidratada e apresentava um ferimento na asa direita e na quilha (ou seja, o osso mais sobressaído no peito), resultante de estar deitada demasiado tempo”.
Nos RIAS foram administrados “fluídos sub-cutâneos e uma solução multivitamínica para compensar esta debilidade”, tendo sido a cegonha deixada a repousar.
“Desde que chegou, sempre aceitou o alimento sem necessidade de forçar, o que tem contribuído para a recuperação da sua condição física”, explica o RIAS. A cegonha, após ter registado melhorias, foi transferida para uma instalação exterior”, onde terá de ficar “durante vários meses, até que todas as penas cresçam”.
“Dada a possibilidade de surgirem complicações durante o processo, a equipa ainda está bastante reticente quanto à sua evolução e, por isso, irá continuar a monitorizar atentamente esta cegonha”, refere Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens
(Foto: RIAS)

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