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Um burro, uma nora e uma aldeia cheia de encanto no Algarve (com VÍDEO)

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ASSISTA AO VÍDEO AQUI

Fica bem na serra algarvia.

É sede de uma freguesia que faz fronteira com o Alentejo.

Tem uma chaminé histórica e um casario que preserva o tipicismo.

A terra é abraçada pela ribeira que abastece a maior barragem do Algarve.

Ah, e por estas bandas andou o mais famoso guerrilheiro algarvio.

Venha daí à descoberta de uma encantadora aldeia do interior do Algarve.

Vale mesmo a pena conhecer São Marcos da Serra, no concelho de Silves.

E faz sentido começar por aqui, pela principal entrada da aldeia.

Uma nora e um burro, que naturalmente não é de carne e osso, dão as boas vindas aos visitantes, lembrando a ruralidade da aldeia.

Um médico que não cobrava as consultas aos pobres

Podemos agora subir por uma rua que dá acesso ao ponto mais alto da povoação.

É lá que se encontra a Igreja de São Marcos da Serra.

O templo religioso data do século XVI, embora tenha sido posteriormente alvo de intervenções.

A igreja tem uma largo em frente, onde se encontra o busto de um homem marcante da terra.

Trata-se do busto do Dr. António Bernardino Ramos.

Conforme relata a Junta de Freguesia local, muitas pessoas vinham de longe para serem curadas e, num ato compreensivo, este médico tratava os pobres sem pedir dinheiro em troca.

Nas imediações da igreja fica também um dos símbolos de São Marcos da Serra.

Trata-se desta chaminé.

Foi originalmente construída no século XVII, mas a que existe atualmente é uma remodelação, datada de 1909.

Está classificada como Imóvel de Valor Concelhio.

Vamos agora até à ribeira.

No verão fica praticamente seca, mas quando chove muito ganha vida e força.

Esta é a ribeira de Odelouca, que nasce no Alentejo e tem um comprimento total de mais de 90 quilómetros.

Fornece água à maior barragem do Algarve, precisamente a barragem de Odelouca.

Mas é preciso cair muita água para ver a ribeira assim, cheia e com esta correnteza.

Um guerrilheiro famoso

Regressamos agora ao interior da aldeia.

Por aqui e nas serranias em redor andou o mais famoso guerrilheiro algarvio: José Joaquim de Sousa Reis, que ganhou a alcunha do Remexido.

Foi um famoso guerrilheiro, na guerra civil entre miguelitas e liberais. 

Entre 1833 e 1838, o Remexido e os seus apoiantes refugiaram-se nesta zona, que foi transformada em quartel-general da guerrilha miguelista.

De volta ao presente, vamos ver a estação de caminhos de ferro.

O comboio chegou aqui em 1889 e foi um fator de enorme desenvolvimento da terra.

Além de São Marcos da Serra, a estação servia ainda a povoação alentejana de Santana da Serra, como se pode ler.

Mas desde há mais de uma década que o comboio já não para nesta estação.

Hoje, a população limita-se a ouvi-lo apitar quando passa.

ASSISTA AO VÍDEO AQUI

O fim da paragem do comboio também está ligada à grande quebra de população registada nas últimas décadas.

Na década de 50 do século passado, a freguesia de São Marcos da Serra chegou a ter 4179 habitantes, enquanto no último Censos, realizado em 2021, apenas foram contabilizadas 1114 pessoas.

Mas atualmente nota-se a crescente vinda de estrangeiros para a freguesia, nomeadamente ingleses, alemães e franceses.

E quase todos adotaram os bons hábitos do povo de São Marcos, nomeadamente o costume de cumprimentar quem se encontra na rua.

Afinal, o fascínio desta aldeia serrana algarvia passa muito por aí, pelas suas gentes e pelos seus costumes..

Assista ao vídeo aqui:

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