Afinal, quando é que abre o cemitério ‘milionário’?
O carro alegórico do Parchal foi um dos que mais deu nas vistas e mais comentários despertou no primeiro desfile carnavalesco do concelho de Lagoa.
O tema escolhido foi o cemitério daquela localidade, cuja construção já há vários anos foi iniciada e que não há meio de estar concluída. O equipamento foi baptizado como o “Cemitério da Esperança” pelos foliões que perguntam quando é que o equipamento se transformará em realidade e passará, realmente, a cumprir a função para a qual é suposto servir.
Este é um processo que vem do anterior mandato autárquico. Em intervenção pública proferida já no longínquo mês de Abril de 2015, o actual presidente da Câmara, o socialista Francisco Martins, responsabilizou a anterior maioria PSD pelo atraso que se verificava. É que, disse na altura, o espaço para instalar o cemitério foi escolhido sem, previamente, ter sido feito um estudo geológico do respectivo terreno.
Quando chegou à presidência mandou colmatar essa lacuna e chegou à conclusão de que, afinal, o terreno não era adequado para o efeito, pelo que “vamos ter que tirar a terra toda e meter lá outra”. Isso iria implicar um atraso substancial nas obras e um investimento acrescido. Aos cerca de 600 mil euros que garantia já terem sido ‘enterrados’ no cemitério, ainda haveria que acrescentar mais 400 mil, acabando a conta do ‘milionário’ cemitério por atingir um milhão de euros.
Mas, de qualquer forma, apesar de ser necessário todo esse trabalho e investimento acrescidos, prometeu que uma parte do cemitério ficaria concluída e poderia entrar em funcionamento até ao final do ano.
Afinal, 2015 já lá vai e as portas do cemitério continuam fechadas, uma situação que, pelos vistos, pelo menos uma parte da população do Parchal não entende.