Partidos à esquerda do PS exigem fim do Centro Hospitalar do Algarve
As questões de Saúde no Algarve estão na ordem do dia. O ministro do sector, Adalberto Campos Fernandes, já decidiu que a administração do Centro Hospitalar do Algarve vai sair, até já terá a nova equipa a postos e espera-se, a todo o momento, decisões quanto ao modelo de organização dos serviços de saúde que passará a vigorar na região.
Um dos temas incontornáveis tem a ver com o fim do Centro Hospitalar do Algarve, que, desde 2013, juntou todos os hospitais da região. Notícias divulgadas há dias pelo Correio da Manhã indicam que o ministro não estará, pelo menos, para já, muito inclinado a dar esse passo.
Se essa informação se confirmar, o Governo socialista estará a abrir mais uma frente de polémica com os partidos que, à sua esquerda, o apoiam no Parlamento. É que tanto o Bloco de Esquerda como o PCP vêm a junção dos hospitais algarvios como um dos grandes males que se abateram sobre os algarvios nos últimos anos e fazem finca-pé em reverter a situação.
Isso mesmo está expresso nos projectos de resolução que cada um desses partidos entregou no Parlamento, no início de Janeiro. A redacção dos documentos não deixa lugar a dúvidas. O PCP na primeira das resoluções propostas defende que o Governo “reverta o processo de fusão do Hospital de Faro e do Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio no Centro Hospitalar do Algarve, mantendo todos os serviços e valências nos hospitais de Faro, Portimão e Lagos”.
Os comunistas qualificam a decisão tomada em julho de 2013, de criação do Centro Hospitalar do Algarve, como “um rude golpe contra os cuidados de saúde públicos na região algarvia”.
A posição do Bloco é exactamente a mesma. Há que decretar “a imediata extinção do Centro Hospitalar do Algarve”, pois esse modelo de gestão hospitalar “revelou-se um fracasso”. O Bloco defende, pois, que a situação seja revertida e que se proceda à “valorização do Hospital de Faro e do Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio, dotando-os de uma gestão descentralizada, reforçando-os com novos profissionais, e melhorando e criando novas valências e serviços.”
Leia também:
Isilda Gomes sai vencedora do confronto com Pedro Nunes