Presidente da Câmara de Faro em ‘guerra’ com o Ministério do Mar
O presidente da Câmara de Faro não gostou de ser convidado com apenas 24 horas de antecedência pelo Gabinete da Ministra do Mar para marcar presença, esta Quarta-feira, na assinatura de protocolos em Olhão.
Na resposta, enviada pelo seu chefe de Gabinete, o autarca declinou o convite, alegando “compromisso de agenda previamente assumido” e qualificando como “lamentável” o facto de ele ter sido feito com tão pouca antecedência, “em desrespeito do mais elementar princípio da previsibilidade a que deve obedecer a gestão pública e, acima de tudo, em dissonância com a lealdade institucional” que sempre diz ter mantido com o Governo.
Não é só o timing que o incomoda, mas também o facto da cerimónia em causa ter por palco o edifício da Câmara de Olhão e não a de Faro, uma vez que, na sua opinião, os protocolos que vão ser firmados “dirão respeito ao território e à vida da população de Faro.”
Um deles envolve a Administração dos Portos de Sines e Algarve e a Direcção-Geral da Autoridade Marítima (DGAM) e tem a ver com a cedência da antiga casa dos pilotos do núcleo do Farol da Ilha da Culatra. O outro é um protocolo de Cooperação entre a Docapesca e a Câmara Municipal de Olhão relativo à reabilitação das três rampas de abastecimento às ilhas.
Na resposta ao Ministério do Mar, Rogério Bacalhau vai mais longe e qualifica como “ultrajante para esta autarquia e para a população farense o facto de esta cerimónia estar marcada para os paços de um outro município.”
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