Pintora Rosa Pereira revela “olhar o seu mundo por dentro e por fora”
Rosa Pereira, artista plástica, começou a pintar aos 16 anos, “na época, copiava aquilo que via, pois não tinha formação académica”, refere. Evoluiu sem influências do seio familiar. A arte e a criadora uniram-se por um amor à primeira vista que passou da pintura figurativa para o abstraccionismo.
Este modelo de inventividade não era muito bem aceite no passado, mas, no dizer de Rosa Pereira, “era aquilo que eu queria” e “pintava aquilo que sentia”.
Todos os trabalhos, atualmente, são figurativos, integrando muitas vezes nas telas, elementos sentidos das pessoas com quem Rosa se relaciona. O trabalho pode ser reconhecido pelos traços característicos, pela gestualidade, com “marotisse pelo meio” na visão de Rosa Pereira.
Nasceu no Porto, mas prefere o Algarve, afirmando que o clima não afecta a sua criatividade, abstraindo-se do mundo, tendo, sempre algo em mente para colocar numa tela.
A cor e os gestos da artista podem definir a pintura, a intensidade das tonalidades podem mostrar a carga emocional patente nas telas, onde as cores se sobrepõem de forma a desfazerem as imagens através da conjugação da sensibilidade com a expressividade.
Arte de interioridade, ou seja, da projecção e extroversão de estados psíquicos na realidade envolvente.
Respectiva e paralela definição plástica, consignada à tendência para a dissolução das formas em manchas evanescentes e luminosas.
Obras de furor gestual e informalista. Absoluta liberdade criadora na mais densa individualidade.
A pintora vai mais além, valorizando a expressão mais do que a perfeição, a vitalidade mais do que o acabamento, a flutuação mais do que o repouso, o desconhecido mais do que o conhecido, o velado mais do que o social, e o interior mais do que o exterior.
Rosa Pereira tem atelier permanente na rua da Hortinha nº 18 A, em Portimão, onde ministra aulas de pintura e expõe os seus trabalhos.
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