Recuperação de pavilhão vandalizado vai custar cerca de 900 mil euros à Câmara de Lagoa
A recuperação do Centro de Congressos do Arade deverá exigir à Câmara de Lagoa um investimento na ordem dos “800 a 900 mil euros”.
Esta é a estimativa feita pelo presidente da autarquia, Luís Encarnação, mas o valor exato ainda está dependente do levantamento que começou a ser feito, após a câmara ter adquirido o imóvel por 2,5 milhões de euros.
O autarca diz que se pretende “devolver aquele equipamento aos lagoenses e pô-lo ao serviço da cultura e do desenvolvimento económico do concelho de Lagoa”.
Construído numa antiga fábrica de conservas do Parchal, foi inaugurado, então sob a denominação de Pavilhão do Arade, em 2008, e era propriedade das câmaras de Lagoa, Portimão, Silves e Monchique, da Região de Turismo do Algarve e de várias empresas privadas.
No entanto, em termos financeiros, as coisas não correram bem, os prejuízos avolumaram-se até que, em 2020, foi declarada a sua insolvência.
Daí para cá, o imóvel foi alvo de diversos atos de vandalismo, o que fez com que a Câmara tivesse baixado o valor que inicialmente apresentou de compra, de 3 para 2,5 milhões.
Luís Encarnação diz estar convencido que este será um investimento rentável. Lembra que “o Pavilhão do Arade foi construído com um empréstimo bancário de 7,5 milhões de euros mais uma garantia de 1,5 milhões, perfazendo um total de 9 milhões”.
Tendo em conta que se tratava de um compromisso para liquidar em 20 anos, isso implicava que, juntando o capital com os juros, o valor a pagar aos bancos “ascenderia a 600/700 mil euros por ano”, verba que não conseguiu faturar, daí resultando a sua insolvência.
Agora, sem essa pesada carga às ‘costas’, acredita que a história será bastante diferente, uma vez que a verba pela qual a Câmara o adquiriu é bem inferior e o “município negociou taxas de juro que nada têm a ver com a realidade de então”, pelo que “não tenho dúvidas nenhumas que o investimento vai-se pagar a si próprio”.
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