Algas japonesas invadem praias algarvias (com VÍDEO)
Nos últimos dias quem se dirigiu à famosa praia do Vau, situada no concelho de Portimão, deparou-se com este panorama: uma espécie de muro composto por várias toneladas de algas estendia-se ao longo da praia, separando o areal da água.
Mas não foi caso único no Algarve. Muitas outras praias, tal como a dos 3 Irmãos, situada a poucos quilómetros de distância, em Alvor, foram vítimas da invasão das algas.
Outra das mais afetadas foi a de Armação de Pêra, no concelho de Silves.
Esta é uma ocorrência que, em função das condições do mar, em especial das marés, tem sido frequente nos últimos anos, inclusivamente no verão, causando incómodos aos banhistas e dores de cabeça aos autarcas que se veem forçados a gastar muito mais dinheiro do que o previsto para limpar as praias.
Investigadores da Universidade do Algarve, que acompanham este fenómeno, registaram 96 casos de acumulação significativa de algas em praias algarvias em 2021 e 144 em 2022.
Segundo informa aquela instituição do ensino superior, as algas castanhas que são visíveis nos areais do Barlavento são originárias dos mares do Japão e Coreia e podem prejudicar a biodiversidade, as pescas e a qualidade ambiental das praias.
Outro dos problemas é não se saber como aproveitá-las. No entanto, estes investigadores estão a estudar formas de tirar proveito das algas, pois podem conter substâncias com potenciais benefícios para a saúde.
A Universidade do Algarve revela que está a ser estudada a criação de um novo suplemento alimentar feito à base de algas com o objetivo de reduzir doenças e limitações associadas ao envelhecimento e às doenças inflamatórias crónicas.
Mas, enquanto esse suplemento não é produzido, só resta esperar que o mar, que trouxe estas muitas toneladas de algas para as praias, as leve de volta ou, então, que as autarquias abram os cordões à bolsa e contratem empresas para as remover dos areais.
Assista aqui ao vídeo:














