Campus universitário de Portimão vai nascer num terreno que já foi supermercado de droga (com VÍDEO)
Em Portimão, num terreno que, sob o designação de Palácio, já foi conhecido como supermercado de droga, vão nascer vários equipamentos públicos, entre os quais um campus universitário.
O enorme espaço fica situado na zona do Barranco do Rodrigo, tem uma área total de cerca de 37 hectares e é propriedade da câmara.
Na passada terça-feira, dia 21 de janeiro, a autarquia cedeu à Universidade do Algarve, através de assinatura de um protocolo, uma parcela de 3 hectares desse terreno para a construção do campus.
E, embora ainda tenha de ser elaborado o respetivo projeto, bem como o plano de pormenor da zona, o presidente da câmara, Álvaro Bila, já fixou uma data para a conclusão da obra: o final de 2028.
O autarca diz que “o campus já devia estar construído, estamos muito atrasados”. Daí que não haja mais tempo a perder, é preciso avançar rapidamente com todo o processo para que aquele prazo seja cumprido.
Ainda falta uma parte do financiamento necessário
Para além de disponibilizar o terreno, a autarquia portimonense também vai ter a seu cargo a elaboração do respetivo projeto que “deverá custar cerca de 360 mil euros”.
Mas, para que o campus venha a ser uma realidade ainda há que resolver o problema de parte do financiamento.
É certo que há uma verba comunitária praticamente garantida, mas não vai chegar para as necessidades.
O reitor da universidade espera ter acesso, por essa via, a cerca de 6 milhões de euros, os quais vão ajudar a pôr de pé projetos que têm um custo estimado de 15 milhões, dos quais 7 a 8 milhões para a construção do campus de Portimão.
Paulo Águas diz ter “a expectativa que possa haver revisão no decurso do Quadro Comunitário”, de forma a que a instituição do ensino superior que dirige possa conseguir mais algum dinheiro europeu.
Mas, para que o campus de Portimão seja construído, o governo vai ter de abrir os cordões à bolsa e apoiar o processo. A Câmara de Portimão também se mostra disponível para estudar a possibilidade de ajudar no financiamento. E, possivelmente, a própria universidade terá, igualmente, de se chegar à frente, embora o reitor vá avisando que as receitas que tem são escassas.
Esta verba destina-se à construção do campus, que deverá ficar com capacidade para acolher cerca de 1500 alunos.
Posteriormente, ainda irá ser preciso encontrar mais dinheiro, este para a edificação de residências universitárias que se situarão no mesmo terreno.
Para aquela zona está ainda prevista a instalação de uma piscina, de uma pista de atletismo, de uma creche, de um lar de idosos e de um grande parque verde.
Assista ao vídeo aqui:
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