Ministro da Cultura inaugura o Núcleo Museológico Rota da Escravatura
Foi inaugurado, em Lagos, na Segunda-feira, 6 de Junho,o Núcleo Museológico Rota da Escravatura, que fica instalado no Edifício da Vedoria / Alfândega (monumento de interesse público também conhecido por “Mercado de Escravos”), situado na Praça do Infante. A cerimónia contou com a presença do Ministro da Cultura, Luís Castro Mendes.
O Mercado de Escravos representou um investimento global de 426 mil euros, dos quais 237 mil foram financiados pelo ‘Programa Operacional Algarve 21’ a 65% e o resto com fundos próprios do Município. A entrada do público naquele espaço será gratuita até Domingo, 12 de Junho.
Na cerimónia de inauguração, a presidente da Câmara de Lagos, Joaquina Matos, disse que “este foi o primeiro passo de uma longa caminhada de responsabilidade histórica que não termina aqui”. A autarquia que dirige pretende “dar continuidade ao aprofundamento desta temática, dinamizando a mesma e estabelecendo pontes de diálogo com outras comunidades unidas por este legado histórico. Cabe-nos, a todos, a responsabilidade de promover a reflexão sobre a evolução da escravatura, designadamente, nos tempos atuais, fenómeno que, embora com diferente roupagem, continua a existir, pondo em causa os mais fundamentais direitos humanos”.
O ministro da Cultura considerou aquele “um momento importante para as nossas memórias históricas, que ainda que não sejam todas muito felizes, são reais”. Luís Castro Mendes acrescentou que “todas as conquistas de civilizações têm o lado negro e o seu lado bom. Este encontro de raças teve exactamente esse resultado”.
Para o Ministro não há dúvidas de que “o tráfico de escravos foi condenável, mas faz parte da nossa história, e o facto deste núcleo retratar essa parte menos feliz da história do país é também muito importante”. A terminar, Luis Castro Mendes, realçou ainda da importância da abertura deste equipamento “no sentido em que muitos visitantes, nacionais e estrangeiros, não vêm só à procura do sol e praia, mas também do nosso património e da nossa história”.
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