Política

O dia em que a GNR foi chamada à sessão da Assembleia Municipal

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Dependendo dos concelhos e dos protagonistas em causa, as sessões das Assembleia Municipais podem ser tremendamente chatas ou extremamente divertidas. Por regra, contam com pouco povo na assistência, tradição que apenas é quebrada quando há algum assunto mais polémico na ordem de trabalhos.

Os que aparecerem têm a possibilidade de dizer de sua justiça, no período destinado à intervenção dos cidadãos. Mas convém que sejam sintéticos, pois o tempo que é atribuído a cada um é escasso. Às vezes, há quem tenha muito para dizer e depois podem acontecer situações como a que a seguir se relata.

O caso ocorreu na sessão da Assembleia Municipal de Albufeira de 28 de Julho: ainda no período de intervenção dos cidadãos, os trabalhos foram interrompidos e os deputados municipais saíram da sala, deixando a falar sozinho um cidadão. Para além disso, foi ainda chamada a GNR.

O episódio é, oficialmente, relatado na respectiva acta daquela sessão extraordinária, recentemente tornada pública e colocada no site do Município de Albufeira.

O insólito episódio aconteceu após o cidadão em causa ter ultrapassado o tempo que lhe estava destinado e se ter recusado a acatar a ordem do presidente da Mesa da Assembleia para que concluísse a sua intervenção.

De acordo com o que está transcrito na respectiva acta, às tentativas do presidente para lhe cortar a palavra, o munícipe em causa respondeu com a frase: “se quiser ponha-me na rua que eu vou dizer até ao fim” e continuava a falar.

Em face disso, “foi proposto pelo presidente da Mesa, e aprovado por unanimidade, a interrupção dos trabalhos e todos os membros da Assembleia se ausentaram da sala.”

Foi também “solicitada a comparência da GNR”, o que levou a que o cidadão resolvesse acabar de falar para a sala vazia, abandonasse o edifício, possibilitando, dessa forma, o retomar dos trabalhos.

Nessa altura, o presidente daquele órgão autárquico anunciou ir a Mesa comunicar o caso ao Ministério Público, para que, se assim o entender, “proceda à abertura de um inquérito com vista a apurar a existência de um crime de desobediência, bem como da veracidade das declarações contra várias personalidades de Albufeira, relacionando-as com corrupção e práticas ilegais.”

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