Mais de uma centena manifestaram-se contra a degradação dos cuidados de Saúde
Mais de uma centena de pessoas responderam à chamada da Comissão de Utentes e esta tarde (14 de Janeiro) marcaram presença à entrada do Hospital de Portimão, numa manifestação contra o que dizem ser “a degradação dos serviços” daquela unidade de Saúde.
As maiores queixas foram para a escassez de médicos e enfermeiros e para os elevados tempos de espera que, em determinadas alturas, se verificam nas urgências.
Mas alguns dos presentes aproveitaram para criticar também a falta de capacidade de resposta de centros e extensões de Saúde, o que tem como consequência a sobrecarga do afluxo de utentes ao hospital.
Esta é a segunda manifestação do género promovida no espaço de pouco mais de um mês, seguindo-se a uma outra realizada a 10 de Dezembro.
Trata-se de mais um sinal de que a actuação do Ministério da Saúde está longe de reunir apoio na região, sucedendo-se os casos que indiciam não haver mudanças positivas na prestação de cuidados de Saúde à população local.
As críticas têm surgido de vários quadrantes, inclusivamente da parte de autarcas do Partido Socialista, que se mostram desalentados com a evolução registada nos últimos tempos, depois de muito terem criticado o anterior Governo e o administrador Pedro Nunes.
Uma das reivindicações mais ouvidas é que se acabe com o Centro Hospital do Algarve e se volte ao sistema anterior, dando autonomia dos hospitais do Barlavento.
As queixas algarvias têm chegado a Lisboa e aos principais líderes partidários. A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, já visitou o hospital e o mesmo vai fazer, esta Segunda-feira, pelas 15 horas, a presidente do CDS, Assunção Cristas.
Da parte do Ministério da Saúde, um dos problemas principais com que parece debater-se é a incapacidade para atrair médicos especialistas à região. Foram vários os concursos lançados para suprir as muitas lacunas existentes que acabaram desertos, por falta de concorrentes.
Recentemente foi lançado mais um mega-concurso a nível nacional, através do qual o Governo tenta, no que ao Algarve diz respeito, contratar mais 49 clínicos.
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