Futuro da pesca algarvia em risco
Se, a curto prazo, nada de significativo for feito, o futuro da pesca de cerco na região algarvia vai ser muito complicado e para o cidadão comum passará a ser mais difícil encontrar peixe fresco com a variedade, frescura e preços actuais.
O alerta foi lançado por Jorge Vairinhos, um dos responsáveis da associação de armadores Barlapescas, no decorrer de um debate realizado no âmbito da Feira do Mar, que teve lugar em Portimão.
Este responsável associativo disse que os armadores “não conseguem sobreviver a continuar a trabalhar três meses no ano”. As restrições decorrentes das quotas, a degradação de algumas embarcações, bem como a falta de receitas para lhe fazer face são alguns dos problemas com que o sector se depara.
Se as actuais condições persistirem prevê que, no espaço de duas ou três épocas, muitos armadores tenham que desistir da actividade.
Teoricamente, podem candidatar-se a fundos comunitários para modernizar as suas embarcações, mas o problema, referiu Jorge Vairinhos, é que “os armadores estão descapitalizados”, pelo que para a esmagadora maioria essa é uma opção que acaba por não se colocar.
A situação de crise pela qual o sector passa estende-se aos portos de pesca, que devido à quebra da actividade, “estão a ficar sem vida, parados e degradados”, denunciou o dirigente da Barlapescas.
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