Lagoa investe 1 milhão de euros em estádio a pensar na retoma económica pós-Covid
A Câmara de Lagoa lançou, no final da semana passada, dois concursos para intervenções no Estádio da Bela Vista, que envolvem um investimento global que pode ascender a pouco mais de um milhão de euros.
Uma das empreitadas consiste na substituição do relvado natural do campo de futebol e respetivo sistema de drenagem. Também vão ser intervencionadas duas pequenas zonas situadas nos topos, ficando uma delas com relva natural e outra com sintética.
A autarquia está disposta a investir nesta empreitada o valor máximo de 474.862 euros. O prazo para conclusão da obra é de 120 dias após a celebração do contrato com a empresa que ganhar o procedimento.
O outro concurso tem como objetivo a colocação de um novo piso na pista de atletismo e a instalação de três rampas de de treino dotadas de diferentes níveis de inclinação. Neste caso, o investimento previsto é de 602 mil euros e o prazo de conclusão de 180 dias.
O presidente da Câmara, Luís Encarnação, justifica estas intervenções, por “quer o relvado principal, quer a pista de atletismo estarem muito degradados”. Por outro lado considera que, mais do que uma despesa, este é um investimento, uma vez que a aposta que tem sido feita na captação de equipas e atletas de outro pontos do país e do estrageiro “tem sido muito relevante, do ponto de vista económico”.
Pelas suas contas, no ano passado, o segmento de turismo desportivo “teve um impacto direto na economia do concelho de 1,8 milhões de euros”. O autarca defende que “devemos preparar-nos para a recuperação pós-Covid e a vertente desportiva vai, seguramente, continuar a ter grande importância, desde que, naturalmente, tenhamos os equipamentos que as equipas e os atletas exigem para aqui fazerem os seus estágios, treinos e provas”.
Luís Encarnação diz que, a este nível, “a procura é muito grande e o nosso problema é só termos um estádio com este tipo de condições”. O autarca destaca, ainda, o facto de essa procura se fazer sentir muito na chamada época baixa turística, sobretudo por “equipas do centro e norte da Europa que, nessa altura do ano, devido ao inverno e à neve, não têm, nos seus países, as condições de que precisam para fazer treinos e jogos”.
Para além do futebol, o concelho é também muito procurado para a prática de atletismos, andebol e canoagem.
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