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Câmara de Portimão adia arranque de obras de quase 1 milhão de euros

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A Câmara de Portimão decidiu adiar o lançamento de várias obras que deviam ir muito proximamente para o terreno e que representam um investimento global de 921.393 euros.

Uma delas é a de repavimentação da V6 (1ª fase), cujo auto de consignação foi, hoje mesmo, assinado e, de imediato, seguido por um outro de suspensão da empreitada.

A presidente da Câmara, Isilda Gomes, dá duas justificações para a medida: por um lado, para que a autarquia que dirige “não seja acusada de eleitoralismo” e, mais importante que isso, para que essas obras “não dificultem o crescimento da nossa economia”, pois iriam desenvolver-se ao longo do verão, com todos os inconvenientes daí decorrentes, sobretudo ao nível da circulação automóvel.

Outra obra importante que também vai ser adiada é a de requalificação e pavimentação da antiga Estrada Nacional 125, entre a Cruz da Parteira e a Penina.

A autarca assume que se trata de uma empreitada muito necessária, cuja execução “toda a gente nos pede e que está no nosso programa há muitos anos”, mas se fosse executada nesta altura provocaria “filas intermináveis de viaturas”.

Também adiadas vão ser diversas obras de repavimentação no concelho.

A autarca justificou o facto de muitas destas obras só agora terem condições para avançar com a pandemia que atrasou a execução dos projetos e o lançamento dos respetivos concursos.

Empreitadas que continuam ao longo do verão

Há, no entanto, outras intervenções que vão decorrer ao longo do verão, muitas das quais já em curso.

São elas: a requalificação da antiga Lota de Portimão; a requalificação da Escola Básica Professor José Buísel; a execução da Rotunda Paul Harris; a 1ª fase do Parque Urbano situado junto ao Mercado Municipal; a repavimentação da rua António Feu e a demolição de duas casas a adquirir na zona do Largo do Dique, para proceder a alterações na entrada e saída da cidade pela ponte Velha.

Outras obras que se mantêm são: a requalificação das estradas das Sesmarias e da Esteveira; as empreitadas do Salva Vidas de Alvor e da Casa Mortuária daquela vila; a demolição das barracas junto ao Mercado; a consolidação e construção dos ossários do antigo cemitério e a substituição de amianto nas escolas D. João II, Júdice Fialho e Manuel Teixeira Gomes.

Estas são empreitadas que têm um custo global de 7,7 milhões de euros e não são adiadas porque, entende a autarca, na sua esmagadora maioria “não colidem com a circulação nem o bem-estar dos cidadãos”.

As duas únicas exceções são as intervenções na rua António Feu, que “já nem é bem uma rua, é uma sucessão de buracos e por isso não é possível ser adiada” e a construção da rotunda Paul Harris, que está em curso e deverá ficar concluída no final de julho ou início de agosto. Trata-se de uma intervenção que está a ser desenvolvida numa das principais entradas de Portimão e por isso, referiu Isilda Gomes, os trabalhos têm sido organizados de modo a causarem “o mínimo constrangimento possível”.

Concursos que ficaram desertos

Há um conjunto de outras obras que já podiam estar em curso mas que ficam adiadas, neste caso, não por opção da Câmara, mas porque os respetivos concursos ficaram desertos, ou seja, nenhuma empresa apresentou qualquer proposta dentro dos valores e critérios previstos, pelo que terão de voltar a ser lançados novos concursos públicos.

Nesta circunstância encontram-se os projetos do Parque da Juventude (fases 2 e 3); Parque Urbano (2ª fase); Palácio Abreu de Alvor: Jardim de Infância do Fojo e escolas básicas de Vendas e Montes de Alvor, que implicam um investimento global ligeiramente superior a 3,2 milhões de euros.

A autarca anunciou ainda que, a curto prazo vão, também, ser lançados concursos para escolher as empresas que irão responsabilizar-se pelas obras do Passadiço da Praia da Rocha, Jardim da Fortaleza, Centro de Recolha Animal, Lota de Alvor e Requalificação do Adro da Igreja Matriz de Portimão.

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