Política

As guerras algarvias que os deputados levam para o Parlamento

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São quatro os temas algarvios que mais parecem preocupar os deputados eleitos pela região. A ter em conta nos projectos que têm apresentado no Parlamento, as questões relacionadas com as vias de comunicação (Via do Infante e EN 125), as demolições nas ilhas-barreira, a exploração de gás e petróleo e os cuidados de saúde pública nos hospitais são os que parecem tirar o sono aos nossos eleitos.

Os partidos que mais propostas têm apresentado são o Bloco e o PCP, com quatro, cada. Relativamente às vias de comunicação, ambos os partidos já entregaram propostas em que exigem o fim das portagens na Via do Infante. O PCP quis ainda deixar clara a sua preocupação pela situação que se vive na EN 125, ao apresentar um projecto próprio sobre o assunto, em que pede a rápida conclusão das obras que, como se sabe, se têm vindo a arrastar ao longo de muitos meses.

Bloco e PCP também empatam na vertente da Saúde. Os dois partidos redigiram projectos de resolução em que ‘apertam’ com o Governo para que desfaça o processo de fusão dos hospitais da região, determinado pelo executivo de Passos Coelho. Bloquistas e comunistas coincidem na ideia de que se tratou de uma péssima decisão, que não só não resolveu qualquer problema, como ainda veio tornar mais deficiente a prestação de saúde aos algarvios. Defendem, portanto, que os hospitais voltem a ter autonomia e que, a par disso, vejam reforçados os seus meios, em especial, ao nível de médicos especialistas.

Outra questão que tem feito derramar muita tinta na região e também no Parlamento é a da prospecção e, eventual, exploração de petróleo. Um dos deputados que mais tem levantado a voz contra isso até nem foi eleito pelo Algarve. Trata-se de André Silva, o único representante do PAN, que, por várias vezes, interpelou, no plenário, o primeiro-ministro sobre o assunto. Mas não se ficou por aí e resolveu colocar no papel as suas preocupações e a recomendação de que sejam revogados todos os contratos já feitos que visem a prospecção e exploração de gás ou petróleo. No essencial, o mesmo é solicitado pelo Bloco de Esquerda no projecto de resolução que, sobre o assunto, também apresentou.

O outro tema que tem merecido a atenção dos deputados é o que se refere às intervenções a terem lugar na Ria Formosa, de que se destaca o problema das demolições de habitações. Sobre esta questão foram apresentados projectos do Bloco, do PCP e também do PS. E, embora, como se constata pela votação do Orçamento do Estado, a nível nacional, os três partidos de esquerda se entendam, a nível regional, as coisas não parecem ser assim tão pacíficas. Os deputados do PS optaram por se abster nas votações relativas aos projectos do B.E. e do PCP, o que resultou nos respectivos chumbos. Uma opção que não agradou aos deputados Paulo Sá (PCP) e João Vasconcelos (BE) que, nas redes sociais, fizeram questão de criticar os socialistas. O único projecto aprovado foi, portanto, o do PS que mantém a possibilidade de demolições.

Até agora, de todos os documentos apresentados sobre temas específicos do Algarve, estes foram os únicos a serem votados em plenário. Os outros encontram-se ainda nas comissões parlamentares respectivas, em discussão ou à espera de agendamento.

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