Governo não pretende diminuir o número de separadores e a extensão dos traços contínuos na EN 125
O Governo não parece ter nos seus planos, pelo menos, no curto prazo, a diminuição do número de separadores e a extensão dos traços contínuos na Estrada Nacional (EN) 125 nem suspender ou baixar o valor das portagens na Via do Infante.
Isso depreende-se da resposta dada pelo Ministério do Planeamento e Infraestruturas a perguntas escritas que lhe foi dirigida pelo deputado João Vasconcelos do Bloco de Esquerda.
O Governo assume que a intervenção levada a cabo na EN 125 entre Olhão e Vila do Bispo tem como objectivo essencial baixar o número de acidentes. No documento pode ler-se que “a introdução de separadores nesta via e a redução do número de possibilidades de viragem à esquerda e de inversão de marcha, associada à existência de um maior número de rotundas, servirá para reduzir ainda mais a sinistralidade” que garante ter vindo a verificar-se entre 2010 e 2016.
No documento não há qualquer indicação de que o Governo pretenda corrigir “clamorosos erros técnicos” que o deputado diz existirem na EN 125, como “largos separadores centrais em cimento, estreitas faixas de circulação para os veículos, rotundas com saídas estreitas, falta de passeios para os peões, traços contínuos em rectas extensas e falta de iluminação.”
Outra questão colocada por João Vasconcelos tinha a ver com a possibilidade de suspensão das portagens enquanto as obras na EN 125 não fiquem completas. Na resposta, o Governo diz que isso implicaria “a obrigação do Estado de pagar à concessionária o valor equivalente à disponibilidade da via”, obrigação que “não poderá ser assumida dados os constrangimentos orçamentais existentes.”
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