“Grande Prémio de Superbikes deixa mais de 12 milhões de euros na região”
Foi assinado, esta sexta-feira, o contrato que garante a continuidade da realização anual de um grande prémio do Mundial de Superbikes no Autódromo Internacional do Algarve (AIA) até 2022.
Trata-se de uma prova de grande impacto que, diz o responsável máximo do AIA, Paulo Pinheiro, é vista por cerca de 32 milhões de pessoas em todo o mundo.
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Que importância tem para o Autódromo Internacional do Algarve a renovação deste contrato?
É muito relevante porque esta é a prova mais importante que temos no Autódromo, um dos nossos pilares essenciais. É a competição que mais investimento requer da nossa parte, em termos de meios humanos, financeiros e de custo de organização, mas também é aquela que nos traz mais retorno e visibilidade.
Em termos financeiros, quanto é que uma prova destas vale para o Algarve, quanto é que deixa na região?
Os dados que temos indicam que, no fim de semana da prova, o valor é superior a oito milhões de euros. Se a isto somarmos as verbas relacionadas com as apresentações e testes realizados ao longo do ano, seguramente que o valor total que deixa na região é superior a 12 milhões de euros.
No ano passado tiveram à volta de 50 mil pessoas no Autódromo a assistir à prova. Quantos esperam este ano?
Se a linha crescente que estamos a ter se mantiver, chegaremos aos 60 mil, que é o nosso objetivo.
A esmagadora maioria dessas pessoas são portuguesas ou há um número considerável de adeptos da modalidade de outros países?
Diria que temos cerca de 30% de portugueses, 40% de ingleses, 20% de espanhóis e 10% de pessoas de outras nacionalidades, nomeadamente, italianos, franceses, noruegueses, finlandeses e alemães.
Em termos televisivos, qual é a audiência total estimada?
Os dados do ano passado indicam cerca de 32 milhões de telespetadores, no acumulado, ou seja, ao longo de todo o fim de semana.
Que outras provas de grande nível internacional têm a expectativa de trazer para o Autódromo, por exemplo, a Moto GP?
Neste momento, estamos focados em trabalhar nas provas que temos, para além de duas outras novas que vamos ter no próximo ano. Quanto ao resto, vamos dar tempo ao tempo, fazer as coisas com calma e, se tudo correr bem, a Moto GP virá, mas não será já para o ano.
E quanto à Fórmula 1 é um sonho definitivamente descartado?
A Fórmula 1 é algo que não depende de nós, mas de decisões superiores. Temos o circuito apto a receber um grande prémio, mas os valores envolvidos são muito elevados e não há no nosso país, neste momento, capacidade para ter uma prova dessas.
Trata-se de valores de que ordem?
Estamos a falar de verbas superiores a 30 milhões de euros por ano.
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