Entrevista

Investimento público de 24 milhões de euros na área da saúde está a nascer no Algarve

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A Câmara de Loulé, o  Centro Hospitalar Universitário do Algarve e a Universidade do Algarve, em parceria com outras entidades, estão a desenvolver o Algarve Biomedical Center (ABC). O seu responsável máximo é Nuno Marques que nos faz o ponto de situação deste projeto de grande dimensão na área da saúde.

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Em que consiste este projeto?

O Algarve Biomedical Center é um projeto de investigação, inovação e prestação de cuidados de saúde. Basicamente, estamos a juntar centros e projetos de investigação e, desde logo, a pô-los ao serviço da população.

Temos, também, uma vertente de investigação, por exemplo, relacionada com o sangue e as doenças transmitidas por mosquitos.

Outra vertente é o desenvolvimento de know how que permitirá a que, quando vão passar receitas, os médicos saibam quais os medicamentos existentes no mercado que interagem menos uns com os outros e que vão causar menos efeitos adversos ao doente.

Relativamente à construção dos edifícios qual é o ponto de situação?

Estamos na fase de arquitetura final dos projetos e esperamos que no próximo ano seja possível começar a construção dos imóveis.

No entanto, já temos alguns projeto em marcha, como o da formação de suporte básico de vida. No mês passado arrancámos com outro, o da literacia informática para a saúde, chamando a atenção para várias aplicações informáticas aplicadas ao setor da saúde, que podem facilitar a vida aos doentes e aos profissionais. Estamos, por exemplo, a alertar as pessoas para a existência de uma que lhes permite pedir as suas receitas sem terem de ir aos centros de saúde.

Para além destes projetos, que já estão em execução, pretendemos, ainda este ano ou no próximo, desenvolver todos os outros que não necessitem de instalações muito específicas. Funcionarão em instalações provisórias e transitarão posteriormente para os edifícios que vamos construir.

Portanto, este é um projeto que se desenvolve de forma contínua, ao longo do tempo, e não um daqueles ambiciosos de que se ouve falar e que só daqui a 4 ou 5 anos é que começamos a vê-los no terreno.

Há, também, que frisar que uma das consequências práticas do ABC é que, já nesta altura, está a ajudar a região a fixar médicos, enfermeiros e outros profissionais…

Projeto ajuda a fixar médicos na região

Tem sido fácil esse processo de captação de profissionais?

Uma das razões que levam a que muitos não queiram vir para o Algarve é o facto de não terem aqui projetos em que gostem de estar envolvidos e que os realizem do ponto de vista profissional.

Com o ABC estamos a mudar este paradigma e damos aos médicos a possibilidade de, durante uma parte do dia,  estarem nos centros de saúde ou hospitais e, no resto do tempo, de trabalharem nestes projetos.

Até agora tem sido muito fácil envolver os profissionais, levando a que alguns que iam sair da região tenham optado por aqui continuar.

Quando é que este projeto poderá estar totalmente implantado?

Prevemos que todas as suas valências estejam implementadas em 2023.

Qual é o investimento envolvido?

Estima-se que seja de cerca de 24 milhões de euros. Há um grande investimento da Câmara de Loulé, que é complementado com fundos comunitários.

É importante que se diga que não estamos a criar um elefante branco, que estejam no futuro a necessitar de nele serem injetados anualmente outros investimentos para serem mantidos.

 

 

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