A evolução da Covid-19 no Algarve “está controlada”, diz José Apolinário
José Apolinário é o secretário de Estado que o Governo destacou para coordenar o combate ao vírus Covid-19 no Algarve.
Em entrevista ao «Algarve Marafado», diz que a evolução tem sido positiva, há grande coordenação entre os autarcas e os diversos outros agentes e que a prioridade, nesta altura, é garantir que as mini-férias e o regresso à praia correm bem.
Como é que está, nesta fase, o combate à Covid-19 na região?
Eu diria que temos a situação da Covid-19 no Algarve controlada. Tem havido um grande envolvimento das autarquias, dos profissionais de saúde, da Universidade do Algarve, dos serviços de saúde pública e da comunidade em geral.
Os cidadãos residentes no Algarve têm tido um comportamento de grande respeito pelas regras de distanciamento físico, funcionando cada um deles, na prática, como um agente de saúde pública.
Esta semana, o nosso principal desafio é, em conjunto com as autarquias, a Associação Portuguesa do Ambiente, a Autoridade Marítima Nacional, a Proteção Civil, as forças de segurança e os concessionários procurar que neste período de mini-férias haja um excelente acolhimento de todos os que nos visitam, garantindo que há, ao mesmo tempo, atividade turística e controlo da pandemia.
Tem havido boa ligação entre essas entidades região?
Tem sido possível melhorar a articulação entre elas. A nossa preocupação, mais do que ser notícia, é resolver problemas e é isso que, de forma coordenada, temos vindo a fazer.
Ainda esta semana tivemos uma situação localizada numa creche, de uma criança com vírus e fizemos rapidamente os testes a todas as crianças e colocámos os funcionários em quarentena, portanto houve uma reação muito rápida.
Acho que uma grande mais-valia que tivemos foi a possibilidade de conseguir uma capacidade conjugada do Serviço Nacional de Saúde e da Universidade, através do Algarve Biomedical Center (ABC), que nos permitiu fazer, até agora, 30 mil testes, o que significa que foi testada cerca de 7% da população residente na região, uma percentagem extremamente elevada, a nível mundial.
Em relação às praias houve um esforço enorme a criação de condições, ao nível da lotação, do afastamento entre as pessoas, com a colocação de sinalização…
E acha que essas regras vão resultar, que os banhistas as respeitarão?
A nossa expetativa é positiva, estamos a fazer um esforço para manter a atividade económica e a pandemia controlada. Se, entretanto, for detetada alguma situação que exija correção, atuaremos de imediato.
No decorrer da época alta, uma boa parte dos turistas continuarão a chegar ao Algarve através do Aeroporto de Faro. Que medidas vão ser tomadas para garantir que não será uma grande porta de entrada do vírus na região?
As pessoas que estão a entrar pelo Aeroporto, neste momento já estão a ser sujeitas a medição de temperatura, com procedimento de identificação. Há acompanhamento da Cruz Vermelha e de enfermeiros que estão destacados no aeroporto.
Portanto, para já, a resposta que foi montada parece-nos proporcional e suficiente. Se, entretanto, entendermos que será necessário assumir outro tipo de procedimento, isso será feito.
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