Albufeira quer mais meios de segurança e de emergência médica devido ao turismo
O presidente da Câmara de Albufeira quer mais meios de segurança e de emergência médica. A reivindicação foi feita na conferência “Turismo como fator de Coesão Nacional”, promovida pela Confederação de Turismo de Portugal (CTP), no Dia Mundial do Turismo (27 de setembro). O evento, que decorreu no Palácio de Congressos do Algarve, nos Salgados, contou com a presença do Presidente da República.
O presidente da Câmara de Albufeira, José Carlos Rolo, referiu na sua intervenção que o turismo é “a principal atividade económica do país e da região”, frisando “a recuperação do número de visitantes e de receitas, já neste primeiro semestre de 2023”. No entanto, “alertou para a incerteza no futuro, devido à conjuntura internacional”.
O autarca sublinhou, entre os vários desafios, “a falta de mão-de-obra e o alojamento para os trabalhadores do setor, as alterações climáticas, a digitalização, os custos de contexto e o financiamento da atividade”.
O presidente da câmara salientou que o turismo “é uma atividade extremamente impactante na dinâmica e nos resultados de outras atividades que dependem direta ou indiretamente do turismo e fortemente dependente das condições financeiras e económicas a nível interno e externo”. Daí ser uma das “primeiras atividades a acusar qualquer crise, mas também das que mais rapidamente recupera – e o melhor exemplo está na crise pandémica de 2020 e 2021 e na retoma que aconteceu logo nos dois anos seguintes, 2022 e 2023”.
José Carlos Rolo lembrou ainda que “o turismo representa 15,8% do PIB e é uma atividade transversal a todo o território nacional”, que “movimenta e influencia vários setores da economia, do primário ao terciário, dependendo, igualmente, de todos eles”.
O autarca disse que “os números de 2023 estão ao nível de 2022 e 2019, mas que apesar deste cenário encorajador é preciso ter cautela devido a todas as incertezas em relação ao futuro”.
José Carlos Rolo referiu também a segurança de pessoas e bens como “um dos fatores mais importantes para a escolha do destino”, chamando a atenção para que as zonas densamente turísticas, como Albufeira, que “passam de 44 mil habitantes para aproximadamente meio milhão de pessoas durante a época alta do turismo, têm dificuldades acrescidas neste aspeto, sendo imperioso elaborar e colocar em prática um Plano de Segurança adaptado ao número de pessoas presentes no local”. Considerou igualmente imprescindível “promover o reforço dos meios humanos e materiais na área da emergência médica”.
Por seu turno, o ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, anunciou o financiamento de 100 milhões de euros destinados a empresas do setor, dos quais 30 milhões correspondem ao reforço, até 2025, da Linha + Algarve, dirigida a continuar a apoiar a requalificação de empreendimentos da região, segundo explica a nota de imprensa da autarquia.
Já Francisco Calheiros, presidente da CTP, disse que “temos um destino de excelência, maduro e que vai continuar a atrair turistas”.
O encerramento esteve a cargo do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que afirmou que o turismo tem sido não só um fator de sustentabilidade, mas também de coesão territorial. Marcelo acredita que “os empresários e os responsáveis ligados ao turismo estão atentos à qualificação no turismo e à política de preços”.
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