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Relacionamento do clube com a SAD divide candidatos à presidência do Portimonense

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O relacionamento do Portimonense com a Sociedade Anónima Desportiva (SAD) que gere o futebol profissional dividiu os dois candidatos à presidência do clube, no debate promovido pela Alvor FM e conduzido por Luís Antunes.

João Gambôa defendeu que o protocolo estabelecido entre as duas entidades já deveria ter sido renegociado. Ele próprio, em representação do clube, tentou fazê-lo, no ano passado, mas acabou por não haver acordo. Na sua opinião, há aspectos que devem ser clarificados, como, por exemplo, os Juniores estarem sob a tutela da SAD, quando essa situação é omissa no protocolo.

Fernando Rocha contra-atacou dizendo que o seu rival, apesar de fazer parte da direcção, “nem sabe do que está a falar” e garantiu que há uma adenda ao protocolo em que essa situação está estabelecida, sendo do conhecimento da Liga e da Federação Portuguesa de Futebol. Também ele admite que venham a ser feitas algumas alterações ao protocolo e até que, eventualmente, os Juniores fiquem sob a tutela do clube, mas isso “passará sempre por um acordo muito bem feito com a SAD”.

O seu adversário entende que o facto da equipa de Juniores estar dependente da SAD é um travão à progressão do futebol de formação, pois quando chegam a esse escalão os jovens deixam de depender do clube passando para a responsabilidade da SAD e muitos deles deixam de ter condições para continuar a jogar.

Tendo em conta “a quantidade de jovens praticantes que o clube tem”, João Gambôa até acha que “até devia ser um objectivo criar uma equipa de Seniores, a começar no Distrital, para absorver estes jovens e haver uma linha de continuidade”, algo que “tem que ser feito com cuidado, pois acarreta alguns custos”.

Outro aspecto no relacionamento entre clube e SAD que divide os dois candidatos tem a ver com a saída de Fernando Rocha do cargo de presidente da SAD. João Gambôa não poupa nas palavras e diz que o seu concorrente foi “afastado”, algo que o visado nega.

Fernando Rocha esclarece que “ninguém foi corrido da administração da SAD, fui presidente até terminar o meu mandato” e depois, garante, foi ele próprio que quis deixar o cargo para se dedicar ao clube, tendo passado para o de presidente da assembleia geral porque “entendi que era importante que continuasse ligado à SAD”.

Outro ponto que dividiu os dois tem a ver com a falta de certificação da escola de formação. Trata-se de uma situação a que João Gambôa dá muita importância, sendo exemplo do que diz ter corrido mal no actual mandato, em que, na sua opinião, não foram atingidos os objectivos a que a direcção se propôs.

Fernando Rocha desvaloriza a questão. Diz que a certificação ainda não aconteceu porque havia duas ou três situações pendentes, entre as quais um desfibrilhador, que, entretanto, já foi adquirido, pelo que está confiante que a, muito curto prazo, a situação será ultrapassada.

Quanto à avaliação pouco positiva que Gambôa faz do trabalho da direcção, em especial na vertente da formação, Fernando Rocha lembra que ele “era o vice-presidente com a responsabilidade da formação, não fez nada e não ia lá”, pelo que se os objectivos não foram atingidos, em boa medida, acusa, a responsabilidade será do seu oponente.

Em relação ao futuro, de uma forma geral, os dois candidatos têm ideias que vão no mesmo sentido: dar maior apoio às modalidades e melhorar as infra-estruturas desportivas dos terrenos do Major David Neto com, pelo menos, a construção de mais um campo de futebol e uma pista de atletismo.

O debate pode ser escutado, na íntegra, aqui.

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