Política

Oposição pede demissão de Isilda Gomes

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O CDS e o Bloco de Esquerda pedem a demissão da presidente da Câmara de Portimão, enquanto que o PSD defende que cabe a Isilda Gomes refletir sobre “se tem condições de continuar a desempenhar o  cargo de liderança do executivo”.

Estas tomadas de posição, expressas em comunicados, surgem no seguimento da notícia de que a autarca foi vacinada contra a Covid-19 por dedicar uma parte do seu tempo a uma missão de voluntariado no hospital de campanha instalado no Portimão Arena, no âmbito do projeto Visitas Virtuais.

O CDS considera que se tratou de “um exemplo grave e inaceitável de um tratamento de favor, que no caso, beneficiou a última pessoa que poderia e deveria ser beneficiada”. 

Para este partido trata-se de “uma situação gravíssima de abuso de poder”, a qual “fere de morte a credibilidade pública e política” de Isilda Gomes e compromete irremediavelmente “a confiança que alguns cidadãos ainda poderiam ter no seu trabalho e a sua legitimidade política para o exercício do cargo”.

Aquele partido conclui que “a Ética Republicana, tão cara aos militantes do Partido Socialista, impõe necessariamente que a Dra. Isilda Gomes apresente um pedido de desculpas público aos Portimonenses e que renuncie ao seu cargo, sendo esta a única forma de sair das suas funções com uma réstia de dignidade”.

Caso isso não aconteça até ao final da semana, os eleitos locais do CDS-PP/Portimão apresentarão na Assembleia Municipal de Portimão “uma moção de censura” contra a autarca.

O Bloco de Esquerda também não aceita a justificação dada para que Isilda Gomes tenha tomado a vacina. Aquele partido lembra que os critérios do plano de vacinação não contemplam o voluntariado.

Em face disso, por ter passado “à frente de muitos outros utentes considerados prioritários, violando assim os critérios do plano de vacinação”, o Bloco assume que a autarca “não tem condições para continuar como Presidente da Câmara Municipal de Portimão, devendo apresentar a sua demissão”.

Outro partido da oposição que tomou posição pública sobre o assunto foi o PSD local, que considera “ser notória a ausência de transparência no cronograma deste processo, iniciado com a toma indevida  da vacina, à qual não tinha direito, dois dias antes do início do funcionamento do Arena, que nem confere imunidade (em tempo útil, neste caso)”.

Os social-democratas de Portimão lembram que “há membros  da Proteção Civil, dos Bombeiros, Médicos internos e Estudantes que ainda não foram vacinados à data de 1 de fevereiro de 2021 quando diariamente estão no Hospital de campanha  permanentemente”.

Neste processo, defendem, “houve uma falta de moralidade e transparência nesta decisão, traindo desta forma a confiança dos  portimonenses”, pelo que “deverá a Senhora Presidente, em consciência, refletir se tem condições de continuar a desempenhar o  cargo de liderança do executivo da Câmara Municipal de Portimão”.

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