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Bombeiros de Portimão salvam cães, gatos, aves, cavalos, ovelhas e até cobras

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A cena ‘clássica’ do gato corajoso que sobe ao alto de um telhado ou de uma árvore e depois bloqueia, tendo que ser chamados os bombeiros para o trazerem de volta a terra firme continua a suceder com frequência.

O comandante dos Bombeiros de Portimão, Richard Marques, diz que “a maior parte das ocorrências relacionadas com este tipo de animais tem realmente a ver com situações desse género”.

Em 2020, os ‘soldados da paz’ portimonenses resgataram 17 gatos e este ano (até 17 de maio) salvaram mais oito.

Também os cães dão muito que fazer à corporação. A maioria dos casos tem a ver com quedas em arribas ou noutros espaços pouco acessíveis. Há igualmente situações de ‘patudos’ que se perderam, sendo necessário desenvolver buscas para tentar encontrá-los.

Em média, os Bombeiros de Portimão fazem à volta de seis resgates ou salvamento de animais por mês, totalizando 68 no ano passado e 27 nos primeiros 4 meses e meio de 2021.

Mas estas ações não envolvem apenas cães e gatos. Curiosamente, são as gaivotas que provocam o maior número de ocorrências (26 no ano passado e 15 este ano). E este número, diz Richard Marques, “até já foi mais elevado, em anos anteriores”.

Nestes casos, bem como nos relacionados com pardais, cegonhas e até um morcego, as deslocações resultam do facto de alguém ter dado o alerta de que estão feridos. Após serem recolhidas pelos Bombeiros, “as aves são entregues ao Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente da GNR que, depois, as encaminham para entidades ou associações com capacidade e vocação para as tratar e recuperar”.

Ao longo do referido período tiveram também lugar três ocorrências relacionadas com cobras e foram socorridos um cavalo e uma ovelha. As cobras foram retiradas por se encontrarem junto a habitações, enquanto que o cavalo caiu numa vala e a ovelha ficou presa numa vedação.

Há uns anos atrás acontecia com alguma frequência a queda de animais – e por vezes também de pessoas – em poços ou tanques, o que atualmente praticamente não sucede no concelho de Portimão.

Isto porque, diz o comandante, “desde há três anos que desenvolvemos a campanha Poço Seguro”. Nesse âmbito, equipas dos Bombeiros vão verificar se esses equipamentos se encontram devidamente vedados e caso não estejam são colocadas estruturas provisórias à sua volta para evitar a queda no seu interior de pessoas ou animais e notificados os proprietários dos terrenos para que resolvam as situações de forma definitiva.

Richard Marques destaca o facto de “as pessoas serem, atualmente, muito mais sensíveis a este tipo de situações, fazendo questão de nos alertar sempre que têm conhecimento que um animal se encontra em risco, o que no passado não acontecia com tanta frequência”.

Igualmente positiva é a circunstância de “nenhuma destas ocorrências resultar de qualquer tipo de maus tratos humanos contra animais”, acrescenta.

Todas as viaturas da corporação “estão dotadas de condições técnicas para fazer salvamento de animais e temos no quartel outro equipamento mais específico que é utilizado quando surgem casos mais complicados”.

Também a nível humano tem havido um investimento a este nível, uma vez que há muitos bombeiros com “formação específica para prestar primeiros socorros a animais feridos”.

(Artigo originalmente publicado no Portimão Jornal, que pode ler na edição impressa ou online, aqui)

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