Economia

Pesca resistiu à pandemia mas sofre com aumento dos combustíveis

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O setor das pescas teve um ano de 2021 muito positivo, tendo sido faturados nas lotas portuguesas cerca de 250 milhões de euros em venda de pescado.

Trata-se de um valor superior ao de 2019, o que significa que, pelo menos em termos financeiros, esta atividade económica já conseguiu ultrapassar os problemas e constrangimentos provocados pela pandemia da Covid-19.

Na opinião do presidente do conselho de administração da Docapesca – Portos e Lotas, Sérgio Faias, trata-se de mais uma confirmação de que “este é um setor resiliente, que tem a capacidade de se adaptar às circunstâncias”.

O responsável máximo pela entidade que gere as lotas do país não esconde que, nos primeiros tempos da pandemia, houve problemas complicados a ultrapassar, que resultaram do fecho de muitos restaurantes e de dificuldades em algumas cadeias de distribuição, mas o setor contribuiu de forma eficaz para que a comida não faltasse na mesa dos portugueses.

Contudo, o início deste ano tem trazido novos desafios e dificuldades, que resultam, sobretudo, do forte aumento dos combustíveis, porque, como se sabe, “a frota pesqueira é ainda muito baseada nos combustíveis fósseis”.

Sérgio Faias defendeu, no decorrer da intervenção que proferiu nas Conferências do Território, que tiveram por palco o auditório do Museu de Portimão, que é importante que o setor pesqueiro comece a depender menos deste tipo de combustível.

A entrada de muitos milhões no nosso país, por via do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), é, na sua opinião, uma oportunidade para se iniciar esse trajeto e começar a testar novas tecnologias que tenham a sustentabilidade e a transição energética como principais palavras de ordem.

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